Joni Brandão reclama a amarela
VOLTA A PORTUGAL Com João Rodrigues a um segundo e Gustavo Veloso a 15, líder da Efapel está longe de ter a vitória assegurada
Ataque sem hipótese de resposta na subida à Serra do Larouco deixou Jóni Brandão vestir pela primeira vez a camisola dos seus sonhos. Mas precisa de maior vantagem para a segurar no Porto
“Por um segundo se ganha, por um se perde” – a frase, curiosamente, foi proferida tanto por Jóni Brandão como por João Rodrigues após a sétima etapa da Volta a Portugal, que terminaram ficando separados na geral por um segundo. E o grande derrotado do dia, Gustavo Veloso, ficou a 15’’, mas sendo o melhor contrarrelogista entre os três, está em posição de favoritismo para domingo, dia em que o exercício individual de 19,5 quilómetros, entre Gaia e Porto, ditará o vencedor. Para já, e esse registo a história não o apagará, o líder da Efapel vestiu de amarelo, cumprindo um dos seus sonhos desde que, em 2014, se transformou num candidato permanente. A etapa de ontem, tendo uma difícil subida final de 9,2 km, ficou marcada desde a partida de Bragança por dois fatores: o mau tempo e a debilidade da W52-FCPorto,quetinhaGustavo Veloso, João Rodrigues, Daniel Mestre e Edgar Pinto debilitados por quedas. Sendo mais de metade da equipa, os portistas deixaram partir uma grande fuga, com 12 ciclistas a ganharem mais de dez minutos, para entrarem em Montalegre com 6m55s, o suficiente para Luís Gomes dar a primeira etapa à Rádio Popular-Boavista e todos os escapados terminarem antes dos primeiros do pelotão. Foi uma “segunda” corrida, aquela em que se discutiu a geral, com a W52FC Porto a tentar subir com um ritmo certo, aquele que mais agrada a Gustavo Veloso, um camisola amarela que seguia debilitado. O primeiro a percebê-lo foi Vicente García de Mateos, que pediu aos colegasdaAviludo-Louletanopara acelerarem. Mas o espanhol não teve força e, a dois quilómetros da meta, Jóni Brandão fugiu rumo à amarela. “Foi uma subida rápida, pois o FC Porto já trazia um ritmo alto. Sou líder, é o mais importante. Vou partir de amarelo e estou feliz”, diria Jóni Brandão no alto da Serra do Larouco, entre o nevoeiro e o vento que o impediram de vestir a camisola – será hoje, à partida de Viana do Castelo – mas o ajudaram a chegar isolado, apesar da perseguição do único que também teve forças, João Rodrigues. No final, um segundo separou-os!
“É um segundo, mas o mais importante é que sou líder”
Jóni Brandão
Efapel