O Jogo

“Sei que me torno umexemplo”

O mais velho jogador dos campeonato­s profission­ais continua a ser determinan­te. A idade torna-o exemplo para os mais novos, um aliado da equipa técnica, mas não o limita, principalm­ente frente à baliza

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CLÁUDIA OLIVEIRA FILIPA MESQUITA

A época desportiva do Penafiel começou com Pires a mostrar que a idade é um posto... de experiênci­a e pontaria! Marcou os dois golos da equipa até ao momento, que deram duas vitórias e a colocam na fase de grupos da Taça da Liga. Numa conversa franca, Pires prefere a simplicida­de ao estatuto de herói.

Neste momento, sente-se um herói em Penafiel?

—Não sou um herói, sou mais um no grupo que tenta ajudar. Por onde eu passo tento dar o meu melhor. É a minha filosofia, dar tudo o que tenho e me dedicar a 100%.

Este foi o arranque de época que esperava?

—Sim, correu bem. Não ganhámos nada ainda, mas já conseguimo­s chegar à fase de grupos e isso é bom. É bom para todos. Traz-nos visibilida­de também, mas vamos focar-nos mais no campeonato que é o principal.

Não se está a desvaloriz­ar um bocadinho? São dois jogos oficiais, dois golos marcados, duas vitórias com a sua marca...

—Foi muito bom começar assim, foi um bom pronúncio e estamosatr­abalharbem.Acho que é bom para toda a gente passar para a fase de grupos, pela visibilida­de, para os jogadores jogarem mais jogos, e então para os mais novos ainda é melhor.

Aos 38 anos, ainda se colocam objetivos de época?

—Há sempre o objetivo do clube e o pessoal, que é tentar ajudar a equipa, como fiz o ano passado, e como tenho feito. Pretendo marcar o maior número de golos e ajudar nos objetivos da equipa. E que as pessoas não saiam defraudada­s com a aposta que fizeram em mim.

Marcar o maior número de golos significa superar a marca da época passada[17 golos]?

—É difícil falar nisso porque todos os anos a II Liga é muito complicada. No ano passado foi muito difícil e não é fácil… tem de se ter os pés bem assentes no chão e vou tentar dar o meu melhor, como sempre e

com a ajuda da equipa.

Como está a ser feita esta preparação do arranque da época?

—Tento dar o máximo de mim, com a experiênci­a que tenho de II Liga, sobretudo. Acho que também é bom para os mais novos. O próprio mister e equipa técnica tentam que eu incuta um espírito ganhador e de entrosamen­to com os novos do plantel e isso é muito bom. E tento melhorar cada vez mais isso.

Sente que é usado para mostrar aos mais novos o que é a Ii Liga?

—Sim, um pouco. Eu sei que me torno um exemplo para

eles e isso também é gratifican­te para mim. É bom saber isso. E tento ajudar no que posso, no que está ao meu alcance.

Hoje recebem o Académico de Viseu, equipa à qual já marcou nesta época. Como perspectiv­a o jogo? É possível voltar a marcar?

—Gostava, gostava muito. Sabemos que é um jogo diferente do da Taça da Liga. Não é a eliminar, mas já começa a doer, é o campeonato. Acho que vai ser um jogo em que eles se calhar vão abordar o jogo de outra maneira, vai ser muito complicado para nós. Mas sabemos que temos de dar tudo, não podemos esperar facilidade­s. Não podemos esperar, temos de assumir. Fazer um bom jogo e ganhar. Ao longo da época temos de dançar conforme a musica. Temos de ver como é que as coisas correm e depois é jogo a jogo. É jogar conforme o resultado.

Na última passagem de Miguel Leal pelo Penafiel, questionad­o sobre a subida, o treinador comparou o plantel a um Fiat 500 numa corrida com carros mais potentes. Este é um plantel Fiat 500?

—Acho que temos um bom plantel, um competitiv­o, mas na II liga isso não quer dizer nada. Como o mister diz, se calharumfi­at500depoi­spode tornar-se um carro melhor. Mas é preciso afinar bem o carro e é isso que estamos a fazer… assimilar processos. Sabemos que em relação a outras equipas estamos um bocadinho distantes. Mas os orçamentos não ganham jogos, não ganham campeonato­s.

“O Vítor Oliveira é um treinador que sabe, ajuda muito na preparação de um jogo, prevê o que vai acontecer” Pires Futebolist­a

“Não sou um herói, sou mais um no grupo que tenta ajudar. Por onde eu passo tento dar o meu melhor”

“Foi muito bom começar assim, foi um bom pronúncio. Acho que é bom para toda a gente passar para a fase de grupos”

“Tento dar o máximo de mim, com a experiênci­a que tenho de II Liga, sobretudo”

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