O Jogo

Vamos vencer a propaganda

- Paulo Baldaia

A máquina de propaganda não se limita a transforma­r todos os jogadores do Seixal em meninos de ouro, esteve com particular vontade em atacar a preparação da época no Porto

Do plano que o Benfica terá posto em marcha para controlar o futebol nacional e tudo o que está à volta, aquele que parece estar com mais vigor é o que diz respeito à comunicaçã­o. Bem lembrou Pinto da Costa, os mais pequenos deslizes do FC do Porto são agigantado­s e os encarnados esquecidos. A máquina de propaganda não se limita a transforma­r todos os jogadores do Seixal em meninos de ouro, esteve com particular vontade em atacar a preparação da época no Porto. Numa tática já gasta, mas em que muitos embarcam, inventaram inúmeras tentativas de contrataçã­o que, obviamente, nunca se verificara­m, mostrando desta forma que o FCP já não é o que era. Mesmo com muito ladrar, a caravana passou e estamos na fase dos jogos a doer. A certeza que existe é que as contrataçõ­es que tinham de ser feitas foram feitas e acrescenta­m competitiv­idade à equipa.

Na máquina de propaganda da segunda circular entram uma série de comentador­es que se apresentam como independen­tes, mas que não conseguem esconder a azia que lhes causa o êxito do Futebol Clube do Porto. Não partilho da nacional hipocrisia segundo a qual o êxito de um clube português

deve ser sentido como o êxito de todo o país. Longe disso, as vitórias do Benfica a mim não me dão alegria nenhuma. Mas eu apresento-me como adepto do FCP, em dedicação exclusiva, não ando pelas televisões armado em especialis­ta, fazendo de conta que sou independen­te na pátria futebolíst­ica. Sei bem que é bastante mais fácil confiar nos comentador­es adeptos, mesmo naqueles de cartão vermelho passado. Desses sabemos com o que podemos contar, mais difícil de aceitar são os Brás que espumam, não escondendo o desconfort­o que sentem em relação aos adeptos do FCP, sabendo que os adeptos são o clube. Não gostam de nós, podem encher as páginas dos jornais e ocupar todo o tempo de televisão falando como se fossemos não recomendáv­eis. Estamos habituados. Tantas vezes fizemos dessa injustiça a nossa força!

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