Vamos vencer a propaganda
A máquina de propaganda não se limita a transformar todos os jogadores do Seixal em meninos de ouro, esteve com particular vontade em atacar a preparação da época no Porto
Do plano que o Benfica terá posto em marcha para controlar o futebol nacional e tudo o que está à volta, aquele que parece estar com mais vigor é o que diz respeito à comunicação. Bem lembrou Pinto da Costa, os mais pequenos deslizes do FC do Porto são agigantados e os encarnados esquecidos. A máquina de propaganda não se limita a transformar todos os jogadores do Seixal em meninos de ouro, esteve com particular vontade em atacar a preparação da época no Porto. Numa tática já gasta, mas em que muitos embarcam, inventaram inúmeras tentativas de contratação que, obviamente, nunca se verificaram, mostrando desta forma que o FCP já não é o que era. Mesmo com muito ladrar, a caravana passou e estamos na fase dos jogos a doer. A certeza que existe é que as contratações que tinham de ser feitas foram feitas e acrescentam competitividade à equipa.
Na máquina de propaganda da segunda circular entram uma série de comentadores que se apresentam como independentes, mas que não conseguem esconder a azia que lhes causa o êxito do Futebol Clube do Porto. Não partilho da nacional hipocrisia segundo a qual o êxito de um clube português
deve ser sentido como o êxito de todo o país. Longe disso, as vitórias do Benfica a mim não me dão alegria nenhuma. Mas eu apresento-me como adepto do FCP, em dedicação exclusiva, não ando pelas televisões armado em especialista, fazendo de conta que sou independente na pátria futebolística. Sei bem que é bastante mais fácil confiar nos comentadores adeptos, mesmo naqueles de cartão vermelho passado. Desses sabemos com o que podemos contar, mais difícil de aceitar são os Brás que espumam, não escondendo o desconforto que sentem em relação aos adeptos do FCP, sabendo que os adeptos são o clube. Não gostam de nós, podem encher as páginas dos jornais e ocupar todo o tempo de televisão falando como se fossemos não recomendáveis. Estamos habituados. Tantas vezes fizemos dessa injustiça a nossa força!