O Jogo

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Guerreiros arrancam para o campeonato com vitória tranquila

- MÓNICA SANTOS

Fransérgio, Hassan e Wilson Eduardo marcaram os golos dos bracarense­s

Sá Pinto: “É importante começar com uma vitória”

Depois de ter visto o FC Porto tropeçar na ressaca de uma jornada europeia, não havia margem para levantar o pé do acelerador. Sá Pinto mexeu q.b. e manteve o essencial: a virtude do meio-campo

Com uma agenda carregada de responsabi­lidade, no intervalo da discussão doa cessoà Liga Europa como Brondby, o Braga passou pela jornada inaugural do campeonato e pelo Moreirense com a facilidade que os números denunciam.

Sá Pinto prometera gestão e justiça, e esses conceitos traduziram-se em quatro oportunida­des no onze: Diogo Viana surgiu a lateral-direito, João Novais a meiocampo e, no ataque, Murilo ficou à direita e Hassan no eixo. A justiça implicou também manter elementos-chave na consistênc­ia do Braga. Fransérgio não é um nome que se possa dispensar e, com Claudemir, foi ele quem assinou o golo, em cima do intervalo, quando a equipa corria desenfread­a à procura da vantagem, como se não existisse segunda parte ou ir para o descanso a zero simplesmen­te não fosse hipótese. O esforço foi bom de ver e sacudiu os tiques quezilento­s que se instalaram por volta da meia hora. Uns tinham pressa e outros não tinham muito mais argumentos para contrariar o sentido único da partida. A tarefa do Moreirense não era simples. No jogo de estreia no escalão principal, Vítor Campelos partiu com três baixas e aos 27’ viu a lista aumentar, com a lesão de Filipe Soares. Privado de Fábio Pacheco (Texeira e Ibrahima foram os outros ausentes), o meio-campo visitante viu-se facilmente manietado pela experiênci­a e persistênc­ia dos homens do Braga, a quem sobrava gente e espaço para criarem situações de superiorid­ade numérica no ataque. Fábio Abreu quase não teve bola, porque até Pedro Nuno era reclamado para o apoio à defesa de um nulo que ameaçava desfazer-se diante dos olhos a qualquer momento, como uma bola de sabão. Aconteceu no terceiro minuto dos descontos, com a colaboraçã­o involuntár­ia de Steven Vitória, a quem a pressão retirara lucidez, e Fransérgio até ajoelhou, aliviado por aquele golo que deixava a equipa respirar – um luxo para quem jogara quinta-feira na Dinamarca.

A segunda parte trouxe uma ténue amostra do Moreirense, mas o Braga não deixou de ter presente a necessidad­e de resolver rapidament­e a partida e encontrou no guarda-redes Matheus uma espécie de atalho. Começou nele o 2-0, de novo com Fransérgio e infelicida­de de Steven Vitória na história, desta vez com assinatura de Hassan. A pressa era tanta que o jogo acabou aos 70 minutos. Ou quase: ainda houve tempo para um golaço de Wilson Eduardo e um de honra de Nenê, a lembrar, no caso a Bruno Viana, que é proibido adormecer e a Vítor Campelos que faz sentido no onze.

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Fransérgio, que abriu o marcador, remata perante a oposição de Pedro Nuno

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