A MESMA PRODUÇÃO COM MENOS EFICÁCIA
Bolas paradas vão resolvendo alguns problemas (Krasnodar), mas não chegam para evitar alguns dissabores (Barcelos). Problema não está no número de remates; está na direção
Número de remates (15) nos dois primeiros jogos oficiais está na média das duas épocas que Conceição leva no Dragão, nas quais os portistas marcaram uma vez a cada sete tiros. Soares é o mais perdulário
A falta de pontaria causou o primeiro desgosto da época ao FC Porto e assume-se, nesta fase tão embrionária de 2019/20, como o aspeto que a equipa mais precisa de melhorar. Em causa não está o número de remates que os dragões fizeram nos dois encontros oficiais que disputaram. Os 15,5 estão dentro da média das duas temporadas que já fizeram com Sérgio Conceição, nas quais ultrapassaram a barreira dos cem golos, e não são assim tão díspares da produção dos rivais, Benfica (15) e Sporting (18). O problema está na direção. O acerto com a baliza tem sido inferior a 30 por cento, levando a que tenham precisado de mais do dobro das tentativas das épocas anteriores para festejarem uma vez.
Tal como na parte final de 2018/19, os lances de bola para da, nosqu ais o FC Porto é claramente especialista, têm resolver alguns problemas. Mas não chegam para tudo. Se em Krasnodar bastou um livre de Sérgio Oliveira para confirmar o triunfo, que deixa a equipa bem encaminhada para garantir o acesso ao play-off da Liga dos Campeões, um penálti de Alex Telles em Barcelos não impediu a entrada a perder no campeonato. Isto, num jogo em que os portistas até dispuseramde várias oportunidades. “Se concluíssemos as ocasiões, tinha ficado 3-1 ou 4-1”, lamentou-se Sérgio Conceição, que saiu em defesa de Soares após uma noite de desperdício. Já os elementos do banco de suplentes o haviam feito no momento da substituição. O brasileiro foi o melhor marcador em 2018/19, mas leva sete remates em dois jogos e apenas um na direção da baliza. Marega acertou duas vezes em quatro tentativas, Corona uma em três e Zé Luís uma em duas.