DIAS MUITO FELIZES
Numa partida bem jogada e intensa, o Leixões reagiu sempre bem à vantagem academista, só não resistindo ao remate decisivo do médio
Num jogo intenso, de bom nível e com alguma polémica à mistura – o árbitro não teve vida fácil –, a Académica derrotou o Leixões por 3-2, com o golo de Ricardo Dias, ao cair do pano, a fazer toda a diferença nas contas finais. A Briosa dominou a primeira meia hora, criou ocasiões e não espantou que durante esse período se tenha adiantado no marcador: André Claro cobrou com êxito um penálti a castigar falta de João Pedro sobre o irrequieto Filipe Chaby. A Académica podia ter aumentado por Ki (levou o esférico à barra), mas foi a partir daí que o Leixões despertou, com Harramiz a ser a unidade mais inconformada e a dar que fazer aos anfitriões. De resto, o são-tomense, em posição irregular, aproveitou uma assistência de Braga para restabelecer a igualdade antes do intervalo, numa altura em que o desafio estava mais dividido. Para a segunda metade, Carlos Pinto lançou Enoh para explorar o lado direito do ataque, mas seria Filipe Chaby a recolocaroscapasnegrasnafrente, depois de uma assistência e de um trabalho sagaz de Ricardo Dias. Só que o Leixões não demorou a responder e a tal aposta do treinador deu mesmo resultado, com Enoh a escapar-se pela direita e a assistir Harramiz para nova igualdade. Daí em diante, o encontro ficou mais partido e o golo podia ter aparecido para qualquer um dos lados, mas foi o médio-defensivodaAcadémica que apareceu no sítio certo para desfazer o nó após um pontapé de canto, numa partida em que a arbitragem não esteve feliz, acabando, inclusivamente, por prejudicar os dois emblemas.
“A equipa nunca desistiu, acreditou e conseguiu”
César Peixoto
Treinador da Académica “Podia cair para qualquer lado. Tivemos carácter”
Pedro Machado
Treinador adjunto do Leixões