Schettine gera guerra de palavras
Minhotos desistem da contratação e atacam Santa Clara
Açorianos pediam três milhões, mas negoceiam com o Benfica por metade. O Braga entra na corrida, mas desiste. Santa Clara alega que houve contactos irregulares, mas não diz se vai denunciá-los na Liga
A transferência de Guilherme Schettine do Santa Clara para o Braga caiu com estrondo. Alegadamente, Diogo Boa Alma, administrador dos açorianos, tem “receio de represálias com o Benfica”.
Os passos do negócio abortado foram contados numa denúncia em forma de comunicado. Quando, em maio, “através de empresários”, o Braga pela primeira vez manifestou interesse em Schettine, o Santa Clara pedia “três milhões de euros” para a transferência. No fim do campeonato, porém, o Braga soube que estava a negociar com o Benfica por metade desse valor e que o avançado permaneceria em São Miguel. Schettine e o empresário rejeitaram esse cenário e, com a reiterada garantia de Diogo Boa Alma de que qualquer proposta de 1,5 milhões de euros seria aceite, o Braga avançou oficialmente. Ficou, contudo, sem resposta e, entretanto, o Santa Clara chamou Schettine e os empresáriospara“umareunião” com o Benfica, que estes recusaram. Perante o silêncio dos açorianos, António Salvador contactou Diogo Boa Alma. Este, denuncia a SAD, “afirmou que não negociaria com o Braga por ter um compromisso pessoal para colocar o jogador no Benfica e por temer represálias, remetendo para a cláusula de rescisão”. Posteriormente, o exdiretor de futebol do Aves, JoséLuísGonçalves,abordou o empresário do avançado para um encontro com o presidente do Benfica e a promessa de que ambos “seriam “bem recompensados”. Face ao “impasse”, o Braga “desistiu da contratação” de Schettine e denunciou: “O futebol português transformou-se num teatro de marionetas.” O Benfica não quis comentar.