O Jogo

SAMARIS TROUXE CERTEZA NO PASSE

Gabriel foi titular na Supertaça e saiu da equipa por lesão. O grego errou menos, mas contra rival de outra dimensão

- ANTÓNIO PIRES PAULO NUNES TEIXEIRA

Médio helénico ganha a comparação com o brasileiro em diversos itens e volta a demonstrar toda a sua utilidade no plantel de Bruno Lage, que manifestou total confiança no camisola 22

Samaris é titular no Benfica há 18 jornadas consecutiv­as – melhor registo desde que chegou ao Benfica, em agosto de 2014. São 17 partidas do campeonato referentes a toda a segunda volta de 2018/19 e a primeira ronda desta, que teria eventualme­nte saltado, caso Gabriel não se tivesse lesionado na Supertaça, jogo para o qual o médio grego nem fora convocado.

O Benfica entrou na época goleando o Sporting por 5-0 e repetiu o resultado contra o Paços de Ferreira, numa partida em que Samaris mostrou a sua utilidade e fiabilidad­e. Aliás, embora consideran­do a diferença de valores entre leões e castores, o jogador grego conseguiu destacar-se do brasileiro em vários dados estatístic­os, nomeadamen­te no passe: 90 por cento de acerto no total e 63 por cento nos lançamento­s longos, contra 74 e 45 por cento do brasileiro, respetivam­ente. Samaris teve também menos perdas de bola, o que se entende perante um adversário bem menos agressivo, e recuperou mais do que Gabriel. Contudo, isso não impede que este seja considerad­o fundamenta­l por Bruno Lage na manobra da equipa, até por possuir caracterís­ticas únicas.

Certo é que, depois de participar em apenas 106 minutos, divididos por quatro jogos na pré-época, Samaris continua a merecer confiança do treinador que o tirou do “esquecimen­to” quando se lesionou Fejsa na época passada. Após a partida contra a o Paços, justificou, de resto, de forma cristalina a sua aposta. “Não tendo Gabriel, um jogador importante e determinan­te na nossa forma de jogar, teria de voltar a colocar Florentino e Samaris que foi a dupla que terminou a época passada, tão simples quanto isso. Hoje faz-se muita confusão. O Samaris, que nem convocado foi [Supertaça], passar por cima do Taarabt é estratégia. A oportunida­de nasce da estratégia e rendimento dos jogadores”, afirmou então Bruno Lage.

“Samaris, que nem convocado foi [para a Supertaça], passar por cima do Taarabt é estratégia. A oportunida­de nasce da estratégia e rendimento dos jogadores” Bruno Lage Treinador do Benfica

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