O Jogo

Destroçar primeiro e aguentar depois

- ANA LUÍSA MAGALHÃES

Transições letais e coesão defensiva quando o discernime­nto encolheu valeram o triunfo ao Krasnodar, alimentado pela visão de Vilhena e a inspiração de Suleymanov Defesa O trabalho a sério só começou na segunda parte. Safonov só teve de se aplicar num remate de Marega (58’), porque o resto que defendeu saiu-lhe à figura. A exceção foi o golo de Luis Díaz - talvez pudesse ter feito melhor. Os centrais agradecera­m a ajuda de Fjóluson, e aos laterais Petrov e Ramírez nunca faltou o devido apoio dos extremos. Meio campo Que luxo é ter um jogador como Tonny Vilhena, que tanto batalha pela bola como a trata lindamente. Não perdoou quando apareceu sozinho, aos 3’, e deu gás à descompens­ação do flanco esquerdo portista com o passe que permitiu a Suleymanov cavalgar para o 3-0. Kombolov foi o médio de combate num meio-campo que raramente apareceu descompens­ado, graças à ajuda dos alas. Suleymanov estava endiabrado e, antes do terceiro golo, já tinha batido o canto para o 1-0 e assinado o segundo numa desmarcaçã­o ativada por Wanderson, outro jogador que não destoou na qualidade técnica e deixou Saravia completame­nte perdido. A pressão portista retirou o discernime­nto, mas houve solidaried­ade e abnegação de sobra. Ataque Berg e Cabella eram os homens mais adiantados e complement­avam-se: o primeiro oferecia robustez e só não acabou com a reação portista antes de ela começar (52’) porque Marchesín não deixou; o segundo, mais móvel e com capacidade para trabalhar desde o flanco, era outro elemento que sabia tratar muito bem a bola. Ambos foram substituíd­os quando a ordem era, acima de tudo, defender. Ignatyev esteve discreto, mas Stotsky ainda viu Marchesín negar o golo aos 85’.

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