“ESTOU DEDICADO APENAS AO FUTEBOL”
Domingos Barros aponta a permanência como objetivo e garante que quando houver sustentação financeira, o clube poderá pensar na subida
O treinador do Leça vai cumprir a quarta época no comando do clube, não quer ouvir – para já – falar em subida e garante que, antes de mais, o emblema leceiro tem de ter sustentação financeira
O Leça começa a época 2019/20 em Castro Daire, no próximo domingo, com um plantel com 15 caras novas, mas os pesos pesados da temporada passada continuam a vestir de verde e branco. O objetivo é sustentar o clube nos campeonatos nacionais. “Falar de subida é muito complicado nesta fase e neste campeonato, que é formado por 72 equipas, sobem duas e seis disputamoplay-offparaamesma subida. O objetivo é sustentar o clube nos campeonatos nacionais”, garantiu o treinador. “O Leça precisa de uma reformulação em termos estruturais para depois lutar por outros voos, que é o que todos desejamos. Eu, como treinador, também tenho esse desejo, assim como o ser filho da terra e adepto do Leça. Mas primeiro temos de ter um Leça sustentável”, avisou. Sobre o plantel, Domingos Barros garante ter um bom grupo. “Foi escolhido pela equipa técnica, juntamente com a Direção. Mantivemos grande parte da base da época passada, sendo um grupo ‘sui generis’ nesse sentido, pois muitos jogadores transitaram da época anterior. As contratações permitem-nos realizar uma época tranquila e sempre com a ambição de entrarmos em todos os jogos para vencer e dignificar o nome do Leça”, garante. O treinador leceiro acredita que, dentro de dois/três anos, o Leça poderá lutar pela subida. “Se remarmos todos para o mesmo lado e houver uma sustentação financeira, poderemos a breve trecho lutar pela subida de divisão. Todos sabemos que para subir, não é só a competência do treinador e jogadores que está em jogo. Há que contar com vários fatores, como condições de trabalho, bom campo, até as deslocações da equipa, e o Leça neste momento não tem essas condições que outros têm. Mas temos uma enorme capacidade humana, desde diretores a funcionários e jogadores, e é isso que nos distingue de outros clubes que têm esses meios”, disse. E avisou: “Há clubes que, quando sobem, já têm montada uma estrutura financeira sustentada para se manterem. Hoje, muitos clubes nesta divisão são SAD e têm planos financeiros muito fortes, sendo, na sua maioria, emblemas que pertencem a capitais de concelho, enquanto nós pertencemos a uma freguesia”, concluiu.
“Estou feliz no meu clube e se para o ano estiver noutro patamar do futebol, é porque o Leça fez uma época excelente”
Domingos Barros
Treinador do Leça