O Jogo

BENFICA E V. GUIMARÃES PARTILHAM FORMAÇÃO

Tomás Tavares blindado por 88 M€

- FILIPE ALEXANDRE DIAS

O JOGO revela protocolo com divisão de direitos e primazia nas contrataçõ­es

O protocolo existe há algum tempo, mas também tem sentido inverso, permitindo aos minhotos deter a primazia sobre jovens do Seixal sem margem de progressão no plantel principal

Não é de agora. Pelo contrário, tem alguns anos de vida eédoconhe cimento de quem se movimenta nos corredores de negócio do futebol nacional: O JOGO apurou que o Benfica tem um acordo abrangente­como V. Guimarães, que na essência incide em direitos de preferênci­a sobre jogadores da formação, bem como de partilha sobre os direitos dos jovens atletas.

Segundo informaçõe­s recolhidas pelo nosso jornal, os principais pontos desta parceria estabelece­m que os encarnados têm primazia na escolha de qualquer elemento que se destaque nos quadros da formação vitoriana. Quando um dos formandos minhotos convence o Benfica a avançar para a sua aquisição, os direitos sobre o jogador são divididos entre os dois emblemas pela metade, com vista a futuras oportunida­des de negócio. Aos lisboetas assiste ainda a prerrogati­va de adquirir mais 25% do passe dos jogadores que sigam nos moldes em questão da Cidade-Berço rumo à capital e à Luz. Contudo, este é o máximo percentual de propriedad­e permitido às águias – o Vitória de Guimarães tem sempre um mínimo de 25% assegurado.

Em sentido inverso, qualquer atleta que surja nos escalões jovens do Benfica e não encontre espaço para progressão no plantel profission­al – ou mesmo nas categorias B e sub-23 –, tem o V. Guimarães como destino prioritári­o, a menos que surja uma oportunida­de de transferên­cia interessan­te que mereça discussão e aí os minhotos têm sempre de ser atendidos e consultado­s. É que no âmbito do acordo em apreço, também os vitorianos se reservam ao direito de preferênci­a sobre jogadores encarnados sem margem de ascensão no Seixal.

De recordar que esta parceria tem suscitado desconfort­o em vários jogadores e agentes, sendo que o mesmo foi celebrado por clubes que na edição da I Liga da temporada passada terminaram na primeira e quinta posições da tabela. Resta saber se com a nova administra­ção vitoriana o protocolo continuará válido.

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