“As subidas longas são o meu forte”
Jovem corredor, que conquistou o Prémio da Juventude na Volta a Portugal, diz que ainda não caiu na realidade
O ciclista algarvio, de 22 anos, considera que a etapa da Torre foi o seu melhor momento na Volta e reconhece que os resultados superaram as expectativas. Treinar em Monchique e no Malhão dá-lhe gás…
Emanuel Duarte, a grande revelação da Volta a Portugal, continua a viver um sonho. “Ainda não caí na realidade”, confessa o jovem ciclista, que alcançou o17.ºlugarf inale conquistouo Prémio da Juventude, com as cores da LA Alumínios. Em ano de estreia na prova máxima, os resultados excederam as melhores expectativas. “O objetivo era terminar a corrida, e, em termos coletivos, lutar para ganharmos uma etapa. Todos ficámos orgulhosos, porque a camisola branca é também mérito da equipa”, destaca o jovem algarvio, de 22 anos. “Reconheço que estas classificações são importantes, porque foram alcançadas na Volta, não numa prova qualquer. Ainda não caí em mim, é mesmo verdade. As primeiras três ou quatro etapas não me correram totalmente de feição, mas depois, em vez de acusar algum cansaço, continuei em crescendo, fiz 18.º na Torre, conquistei a camisola branca e defendi a liderança até ao Porto.”
A mítica etapa da Torre constitui, de facto, “o melhor momento” de Emanuel na “grandíssima”. “Foi onde consegui a camisola branca”, símbolo do Prémio da Juventude, justifica o ciclista – um trepador por excelência – a O JOGO. “A ideia era defender o António Barbio, o nosso líder, mas ele não teve um dia feliz. Recebi ordens para continuar e assim fiz. As subidas longas são mesmo o meu forte”, prossegue, explicando que 90 por cento dos seus treinos ocorrem nas serras de Monchique e no Alto do Malhão, os privilegiados locais algarvios que lhe dão força e onde muitos campeões (Mestre, Samuel, Amaro, Rodrigues) ganham asas.