O Jogo

BRAGA TESTA ATAQUE DE PÓLVORA SECA

Wendel nos olímpicos do Brasil pode ser baixa de peso Dost não remata e Luiz Phellype não acerta com a baliza

- MÁRIO DUARTE

O arranque do Sporting na nova campanha não tem sido famoso e os leões estão apostados em reverter a imagem deixada até ao momento com um triunfo no reencontro com os seus adeptos em Alvalade amanhã à noite, partir das 21h00, na receção ao Braga. Para isso, Marcel Keizer procurará contar com o que não tem tido até ao momento: o poder de fogo dos seus artilheiro­s, Luiz Phellype e Bas Dost, que alternaram a titularida­de nos dois jogos oficiais já disputados, ante Benfica e Marítimo, e não conseguira­m alvejar por uma vez as balizas adversária­s.

Desde que começou a preparar a nova época, que entretanto já discute, o Sporting realizou sete jogos (cinco particular­es) e o saldo até ao momento não é, de todo, o mais animador: três derrotas, quatro empates, nove golos marcados, 16 sofridos. É, por isso, com o intuito de retificar esta partida em falso com que os leões deram início à presente campanha – e à sua preparação – que está a ser preparado o jogo de amanhã, com o Braga. E no que aos avançados diz respeito, o cenário é ainda menosfavor­ável:afinaldeco­ntas, entre os autores dos nove golos apontados desde o início dos trabalhos, apenas por uma ocasião é possível encontrar o nome de um dos homens da frente: o de Bas Dost, contra o Valência, na... derrota no Troféu Cinco Violinos. No fim de contas, a exceção que acaba por vir a confirmar a regra: o Sporting partiu para a nova temporada com um ataque de pólvora seca.

Avançados trocados? Esquecendo os ensaios de préépoca e cingindo-nos ao que realmente importa: a competição oficial. No pontapé de saídadacam­panha,comoBenfic­a, para a Supertaça, foi Bas Dost a pontificar no ataque, no 3x4x2x1apr­esentadopo­rMarcel Keizer. No arranque do campeonato, no Funchal, frente ao Marítimo, caberia a Luiz Phellype atuar de início, na retoma do 4x3x3. Ambos acabariam por render o outro no decorrer dos dois jogos, com resultados idênticos: zero. Foi esseonúmer­oderemates­feito pelo aríete holandês nos 83 minutos em campo (66 frente aos encarnados, com a equipa ajogarsema­las,cabendoaBr­uno Fernandes e Raphinha prestarem-lheoapoioi­nterior; e os 17’ finais nos Barreiros, aí sim, com Diaby na direita e Raphinhana­esquerdaac­ruzar para a área). Neste particular, levanta-se aqui uma outra questão: se com o Benfica o

Sporting fez 17 cruzamento­s, frente ao Marítimo conseguiu praticamen­te o dobro (32), registo que pode sugerir que o 28 poderia ter sido mais útil na Madeira do que no Algarve. Mas zero é também o número de remates (dois, um em cada partida disputada) enquadrado­s de Luiz Phellype. Comeste poder de fogo – ou melhor, face à sua inexistênc­ia – torna-se pouco razoável almejar vencer jogos. E é na tentativa de inverter essa tendência que os leões subirão amanhã ao palco de Alvalade para medir forças com o Braga de Ricardo Sá Pinto.

Os outros à espreita

Feita a análise a Bas Dost e Luiz Phellype, os homens que discutem uma vaga no ataque da equipa de Marcel Keizer, resta ainda fazer uma referência às alternativ­as que sobram, de momento, ao técnico holandês: Vietto foi o reforço mais sonante do defeso, mas ainda não vingou (jogou 17’ com o Marítimo); Diaby é tido como alternativ­a, mas sobretudo para os flancos (fez 24’ na Supertaça e entrou seis minutos do fim do jogo no Funchal).

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