Patrick não perdoa, vila-condenses sim
Carlos Carvalhal viu Messias ser expulso e Filipe Augusto falhar penálti
“Tenho uma equipa de campeões. Defrontámos uma equipa muito competente e organizada, que nos criou problemas”
João Pedro Sousa
Treinador do Famalicão
“Não era o regresso que gostaria, de forma alguma. Foi um jogo em que cometemos alguns erros que não são normais”
Carlos Carvalhal
Treinador do Rio Ave
A expulsão de Messias e o penálti falhado traíram as intenções do Rio Ave. O Famalicão deu uma alegria aos adeptos, que voltaram a ver a equipa na I Liga. João Pedro Sousa começa bem como treinador principal
O Famalicão continua a ser feliz no regresso, 25 anos depois, à I Liga. Depois de surpreender o Santa Clara, em Ponta Delgada, a equipa minhota encantou os seus adeptos com uma vitória tangencial sobre o Rio Ave, obtida com um golo, de livre, de Patrick William.
A história feliz do Famalicão começou a ser escrita quando Messias foi expulso por agarrar Rúben Lameiras quando este seguia isolado para a baliza, continuou com o grande golo do central brasileiro e terminou com o penálti desperdiçado por Filipe Augusto no tempo de compensação.
Com casa cheia para assinalar o regresso à I Liga, a equipa de João Pedro Sousa entrou com vontade de ganhar domínio sobre o Rio Ave que se estreava nesta edição da I Liga. É verdade que criou alguns momentos ofensivos, teve muito mais posse de bola do que o adversário (64 contra 36 por cento no final da primeira parte), mas faltou-lhe serenidade e melhor definição na hora de finalizar. O Rio Ave jogou na expectativa e no erro do adversário e, em contra-ataques rápidos,conseguiuincomodar os famalicenses por três vezes na primeira parte.
O segundo tempo começou praticamente com uma grande oportunidade para o Rio Ave. Após livre de Nuno Santos, Messias, de cabeça, proporcionou uma defesa fantástica a Rafael Defendi, que desviou a bola para a barra. Pouco depois, o mesmo Messias foi justamente expulso por falta à entrada da área sobre Rúben Lameiras e o golo do Famalicão surgiria numa autêntica bomba que Kieszek foi incapaz de segurar. Os minhotos continuaram a acreditar, mas seria o Rio Ave, mesmo com dez, a ficar perto do empate. Primeiro por Filipe Augusto (atirou ao lado no penálti) e depois por Bruno Moreira que, na pequena área, errou o alvo. Rui Costa deveria ter mostrado vermelho, e não amarelo, a Néhuen Pérez, por falta (a pés juntos e por trás) sobre Diego Lopes.