O Jogo

O crossover que é coupé e ganhou em espaço

- POR CARLOS FLÓRIDO

F oi em 2010 que o Nissan Juke lançou o conceito de crossover compacto. Já lá vai quase uma década e a segunda geração, que já aceita encomendas e começará a circular em Portugal no próximo mês, chega com novas ideias. O construtor japonês também lhe chama coupé, devido ao formato do tejadilho, embora a maior preocupaçã­o fosse responder aos anseios dos clientes: mais espaço e tecnologia. E há outro fator, talvez ainda mais interessan­te: um preço de lançamento a começar nos 16 400 euros, reduzindo os já apelativos 19 900 de preço base.

As linhas do Juke continuam a primar pela diferença, mas estão longe da aparência radical da primeira geração. Esta é mais cativante logo ao primeiro contacto, até por seguir as linhas bem conhecidas da Nissan, com a grelha frontal em “V” e a traseira a lembrar um Micra mais desenvolvi­do. As jantes de liga leve de 19 polegadas e o tejadilho curvado ajudam à aparência coupé, os faróis LED formam uma barra mais discreta por cima dos famosos circulares e, para completar, há muito espaço.

O Juke tem mais 7,5 centímetro­s os de compriment­o (4,21 metros) do que o antecessor, mais 10,5 cm na distância entre eixos (2,636 metros), mais três em altura (1,595 m) e mais 3,5 em largura (1,8 m). Embora continue a ser um segmento B, está praticamen­te dentro das dimensões do primeiro dos Qashqai. Há agora mais 5,8 cm para as pernas nos bancos traseiros e a bagageira cresceu para 422 litros. Em contrapart­ida, o peso reduziu-se em 23 quilos.

Além do espaço, o Juke é um compêndio de tecnologia, embora isso comece a ser mais notório nas versões de equipament­o a partir do NConnecta (22 600 euros), que já possui o ProPilot, a tecnologia que oferece assistênci­a à direção, aceleração e travagem. De base, ao cruise control soma-se o assistente de manutenção de faixa, faróis inteligent­es, identifica­dor de sinais de trânsito e sistema de anticolisã­o com identifica­dor de peões e ciclistas. Existe ainda a aplicação Nissan Connect Services, que permite um controlo à distância com o smartphone, desde vários níveis de leitura até à abertura ou fecho das portas, e a possibilid­ade de ter altifalant­es nos bancos dianteiros.

Estando previsto um híbrido para 2020, por enquanto o motor é único, o 1.0 DIG-T de 117 cavalos, com duas opções de caixa de velocidade­s (manual ou automática de sete velocidade­s). O pequeno três cilindros anuncia consumos combinados de 5,9 a 6,4 l/100km e uma aceleração de 0100 km/h em 10,4 segundos.

O Juke chega com três níveis de equipament­o, Visia (19 900 euros), Acenta (21 050) e N-Connecta (22 600), este podendo ter adicionais NDesign e Tekna (ambas por 24 400), e existe ainda uma versão de lançamento. A Premiere Edition, plena de equipament­o, custa 26 950 euros.

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