CAMPEÃO ENTRA MAL
O FC Porto estreou-se no campeonato a perder terreno para os rivais. Esbarrou no Viana num regresso, imposto por castigo, a uma casa onde foi feliz
Por ter a pista interdita (castigo devido aos incidentes na bancada na receção ao Sporting, em maio), o FC Porto teve de regressar a Fânzeres, local especial pela caminhada rumo a um deca inédito no hóquei português e onde os dragões não jogavam desde 2015. Contudo, o rinque não se revelou talismã para o campeão que há uma semana, em Coimbra, fazia a festa da Supertaça.
Reservando maior intensidade para a segunda parte, o FC Porto, agora sem Hélder Nunes e com os reforços em fase de adaptação, entrou mal e acabou por ser a organização defensiva do Viana a dar frutos. Travando o anfitrião, os minhotos souberam criar oportunidades, como as que valeram os dois primeiros golos (Nelson Pereira aos 53’’; Gustavo Lima aos 23’). Perto do intervalo, Reinaldo Garcia reduziu (1-2) e, já na segunda parte, com uma atitude mais pressionante, os azuis e brancos empataram graças à meiadistância de Gonçalo Alves, o goleador de 2018/19 que agora também joga mais atrás.
O Viana procurou o regresso à liderança, conseguindo-a de bola parada (Luís Viana de livre-direto; 10.ª falta do FC Porto) a dez minutos do fim. Assim como Malián ia evitando danos maiores, também Correia, na baliza dos minhotos, dificultava a tarefa dos dragões, menos um: Gonçalo Alves que, de novo, de fora, empatou (47’).
O Viana, oitavo em 2018/19, é o primeiro a roubar pontos ao campeão, que parte em desvantagem para os rivais diretos (Oliveirense e Sporting), vitoriosos na estreia. Para o FC Porto segue-se (dia 19) receção ao Monza na Liga Europeia, podendo jogar no Dragão Arena, voltando a Fânzeres para defrontar Valongo (dia 26) e Braga (9/11). Já o Viana, no dia 19, joga, na Suíça, com o Uttigen para a Taça WS Europe. Os minhotos, que estão a investir na formação, apostam nesta época ainda mais em jovens jogadores, colmatando as saídas dos experientes Tó Silva e Gonçalo Suíssas, e mantendo pelo segundo ano no comando técnico André Azevedo (antigo jogador do FC Porto, que esteve em quatro dos dez títulos consecutivos do clube).