Silas “Não precisamos de heróis, mas é bom que queiram ajudar”
COLETIVO Técnico do Sporting foi muito duro com a pressa e anarquia tática de alguns atletas e até desvalorizou contributo dos internacionais a que recorreu: a equipa jogou pior na segunda parte
Bruno Fernandes, Bolasie e Acuña foram as cartas de Silas na segunda parte, mas treinador criticou-os de forma implícita: por terem estado nas seleções, não realizaram bem os papéis táticos indicados, disse
Foi já quase uma hora depois de o encontro terminar que Si las, junto ao autocarro do Sporting, falou à Imprensa, isto por não poder discursar no recinto em provas da Federação. Começou por assumir que a eficácia, mesmo pesando, não foi o ponto determinante para o desaire em Alverca .“Não foi só a eficácia. Estávamos a jogar comum a equipado is escalões abaixo donos soe tínhamosobrigação de rematar muito. Fizemos 22 remates, nãoé pouco, mas eles fizeram 11, o queéumnú mero alto. O maior problema tem que ver com o facto de não termos tido alguns jogadores connosco durante a pausa das seleções e os posicionamentos não foram bem conseguidos. As alterações não surtiram efeito. Não houve tempo de trabalho e perdemos organização, permitindo contra-ataques. Na primeira parte estivemos melhor do que na segunda”, atirou Silas, fazendo referências às entradas de Acuña, Bruno Fernandes e Bolasie.
Se o tom era crítico, não aligeirou de seguida: “Não precisamos de heróis, mas sim de uma equipa, que demora a construir, é uma batalha. O nosso jogo não pode ser baseado em individualidades. Sei que é o inconsciente dos atletas, a quererem resolver. É muito bom quererem ajudar, mas as individualidades podem ser prejudiciais. Há que perceber como podem ajudar verdadeiramente.”
Quanto à pressão, Silas descartou qualquer comentário que punisse a Direção: “Chegámos e ganhámos dois jogos. Vamos ter momentos destes, difíceis, mas precisamos de trabalhar. O ambiente é exatamente igual ao que tivemos quando chegámos ao Sporting.Assumir que não lutamos mais pelo campeonato? Porquê?! Entramos em todos os jogos para ganhar. O problema está em ganhar ou não ganhar, não em Frederico Varandas ou em mim. Entendo de futebol apenas, sei lá oqueéa estrutura ...”
A última palavra foi para os adeptos, a quem reconhece razão na contestação à equipa: “Os adeptos estão desiludidos eé normal. Temos de aceitara crítica – é merecida. Vamos dizer que não vamos trabalhar?! Não é esse o caminho. Saímos as vezes que quisemos a jogar e fizemos coisas bem feitas. Tenho de ver para além do resultado.”
Emanuel Ferro, porta-voz na flash interview, relativizou as alterações na equipa: “Temos um plantel com qualidade. Os jogadores que entraram de início deram boa resposta durante a semana e estavam identificados com as movimentações que queríamos.”
“Jogadores estiveram nas seleções e não tiveram as movimentações que queríamos” “As individualidades podem ser prejudiciais. Temos é de construir uma equipa, o que é uma batalha” “Adeptos estão desiludidos e é normal. Temos de aceitar a crítica – é merecida. Não vamos deixar de trabalhar” “O problema está em ganhar ou não ganhar, não em Frederico Varandas ou em mim”