O Jogo

LEÕES A FERRO E FOGO EM NOITE DE VERGONHA

REVOLTA Claques não perdoaram a eliminação da Taça e insultaram os jogadores e o presidente Frederico Varandas antes de elas próprias se envolverem em pancadaria no exterior do recinto

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“O que se passou [n.d. r. derrota com o Alverca] não tem desculpa. Estamos envergonha­dos e este grupo tem de reagir” Frederico Varandas Presidente do Sporting

Corpo de Intervençã­o foi chamado a serenar os ânimos dos adeptos forasteiro­s e viu-se obrigado a montar um forte dispositiv­o para salvaguard­ar a segurança do autocarro leonino até a entrada da A1

Revoltados por terem assistido a uma das noites mais catastrófi­cas da história do Sporting, que já não poderá lutar pela revalidaçã­o da Taça de Portugal, os adeptos leoninos voltaram a usar das vaias e dos insultos para criticar a equipa e a Direção liderada por Frederico Varandas antes de se envolverem entre si, e já nas imediações do recinto, em cenas de pancadaria que motivaram a pronta ação do Corpo de Intervençã­o da Polícia de Segurança Pública (PSP).

Se o primeiro golo do Alverca até gerou mais estupefaçã­o do que indignação junto dos adeptos leoninos, o segundo deu azo a imagens que esta temporada têm sido preocupant­emente frequentes nos jogos do Sporting. Ao audível coro de assobios juntou-se uma tarja das claques com um pedido: “Respeitem o SCP”, mas também os já habituais gritos a pedir a demissão de Frederico Varandas, que assistiu ao encontro na tribuna presidenci­al, a ola dod aD ireçãodoem­b lema ribatejano.

Com o passar dos minutos, a indignação foi-se transforma­ndo em apatia, mas, mal Luís Godinho apitou para o final do jogo, voltaram os insultos. Estes adensaram-se quando metade da equipa se dirigiu para os balneários sem agradecer o apoio dos adeptos: Bruno Fernandes limitou-se a tímidosapl­ausos e Max levantou as mãos a pedir desculpa. A revolta passou então das bancadas para as imediações do recinto, com as já citadas agressões entre adeptos do Sporting no parque de estacionam­ento e a carga policial que se seguiu.

Enquanto isso, na zona mista, Frederico Varandas limito use a uma curta declaração, de aproximada­mente 20 segundos, para reagir a uma noite que classifico­u como vergonhosa. “O que se passou não tem desculpa. estamos envergonha­dos e este grupo tem de reagir”, disse. O líder e a equipa acabaram por abandonar o recinto à meia-noite, com os jogadores que estavam no autocarro a serem alvo de insultos por parte de cerca de 30 adeptos. Estes estavam totalmente controlado­s pelo forte dispositiv­o policial montado pelo Corpo de Intervençã­o até à entrada para a A1.

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Adeptos voltaram a insultar os jogadores...
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... e Varandas não conseguiu esconder a vergonha pelo momento

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