O Jogo

Fábio Vieira nos três golos dos sub-21

Na estreia como titular com Rui Jorge, o portista fez um golo e abriu caminho a dois. Diogo Leite foi expulso aos 29’, mas a desvantage­m numérica só se fez notar nos últimos minutos

- MÓNICA SANTOS

Na véspera do encontro no sintético da gelada cidade de Drammen, Rui Jorge antecipara a superiorid­ade de Portugal diante da Noruega e o jogo confirmou-o, embora em circunstân­cias que acentuaram muito o mérito dos sub-21 na vitória que os mantém no segundo lugar do Grupo 7 de apuramento para o Europeu, atrás da Holanda no longo caminho para a fase final, a disputar em 2021, na Hungria e na Eslovénia. A história deste triunfo teve uma estrela: Fábio Vieira, que se estreara nesta categoria há poucos dias, na segunda parte do encontro particular com os eslovenos, foi titular e o talento dele norteou a partida: aos dois minutos, o extremo portista resgatado aos sub-20 colocou Portugal em vantagem, com um remate de pé esquerdo a um cruzamento de Jota, para alegria de um punhado de adeptos portuguese­s na bancada do Marienlyst Stadion. Com 20 minutos bem jogados, com os extremos, mais Vítor Ferreira e Rafael Leão a colocarem em evidência a superiorid­ade dos visitantes no capítulo técnico, Fábio Vieira mostrou dotes de maestro. Com um passe perfeito, lançou Rafael Leão nas costas da defesa, o avançado foi à linha e cruzou atrasado para o remate de Jota. O 0-2 ilustrava uma entrada perfeita na partida, mas, em cima da meia hora, as circunstân­cias alteraram-se, com a expulsão de Diogo Queirós, por acumulação de amarelos, precipitad­a por uma entrada à margem das leis que o central já não se podia permitir. Florentino fez de central, até Rui Jorge sacrificar Rafael Leão e deixar Jota sozinho lá na frente, para Tiago Djaló repor o equilíbrio da defesa.

O intervalo chegou com Portugal reorganiza­do e a defender-se como gente grande da tal Noruega que Rui Jorge apresentar­a como tecnicamen­te interessan­te, capaz de causar sobressalt­o em ataques rápidos, embora incapaz de roubar a tranquilid­ade ao guarda-redes Diogo Costa. Esses últimos minutos deram o tom para o que viria a ser o segundo tempo, uma exibição madura dos sub-21. A Noruega só nos últimos minutos, à custa de bolas metidas para a área, conseguiu dar um ar da superiorid­ade numérica de que já gozava há imenso tempo. Antes disso, porém, e sem que o adversário tivesse criado qualquer situação de golo iminente, Trincão atirou para defesa de Klaesson à barra e a Fábio Vieira abriu caminho ao 0-3, com mais um passe excelente para o cabeceamen­to de Florentino. Foi nos dez minutos finais que a Noruega se mexeu para encostar o adversário às tarefas defensivas, e Florentino pôs o pé onde não devia: de penálti, Thorstvedt reduziu e,à beira do fim, Larsen viu um cruzamento de Donnum passar por toda a defesa e, ao segundo poste, encostou par ao 2-3 final, airoso para o banho de bola que a Noruega levou.

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Fábio Vieira festeja no meio dos companheir­os uma noite inesquecív­el

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