Famalicão-Académica 1-0
O Famalicão foi melhor do que a Académica na primeira parte e essa superioridade acaba por justificar o sucesso num jogo em que a equipa de arbitragem teve decisões polémicas
João Carlos Pereira não teve a estreia desejada na Académica, mas a reação tida na segunda parte chegou a constituir uma ameaça à passagem dos locais aos oitavos de final
O Famalicão venceu a Académica e segue em frente na Taça de Portugal. A vitória da equipa minhota é justificada pela primeira parte, mas a reação da Académica, com o evoluir da segunda parte, chegou a traduzir-se numa séria ameaça. Com algumas dificuldades para fazer fluir a sua dinâmica ofensiva na fase inicial, os famalicenses aproveitaram as bolas paradas para tentar chegar à vantagem e, na sequência de um canto de Fábio Martins, Riccieli cabeceouao poste (12’). À superior dinâmica dos homens da casa, os de Coimbra opunham um razoável volume de jogo, mas sem grande objetividade, exceção feita a um cruzamento de Barnes Osei, em resposta ao qual Derick cabeceou defeituosamente (32’). Uma lança em África. E dez minutos depois, Toni Martínez, assistido por Lameiras e só com Mika pela frente, permitiu a intervenção do guardaredes, o que não aconteceu três minutos depois, ao emendar na perfeição um cruzamento de Roderick (45’).
O cariz do jogo não se alterou muito no regresso dos balneários, mas a verdade é que os estudantes se mostraram mais afoitos e Marcos Paulo, na coração da área, obrigou Vaná a defesa apertada (51’). E depois de novo susto provocado por Riccieli, que fez a bola rasar a barra, Silvério viu um golo serlhe anulado, aos 70’, por fora de jogo assinalado a Marcos Paulo – decisão da equipa liderada por Gustavo Correia que suscitou dúvidas e motivou protestos da Académica –, após livre de Leandro Silva e de a bola ressaltar no peito de Alex Centelles. Um pouco antes, já os técnicos tinham começado a “jogar” nos bancos, mas apenas em troca por troca.
Só mais tarde João Carlos Pereira meteu a carne toda no assador e colocou em campo dois pontas-de-lança: Djoussé, primeiro, e Hugo Almeida, depois. Mas sem sucesso. O perigo surgiu através de Traquina, que apareceu solto na área e, ao passar por Vaná, sofreu um toque do guarda-redes famalicense, uma infração que justificava o castigo máximo (90’+1’).