Bruno Lage “Nem sempre é mais fácil contra dez”
Treinador do Benfica assumiu que foi forçado a arriscar contra um adversário que ficou cedo em inferioridade numérica
Para o técnico das águias, o pensamento nunca esteve na partida seguinte da Liga dos Campeões e não houve falta de atitude dos seus jogadores, que lutaram e trabalharam muito, defendeu
Bruno Lage não ficou surpreendido pela postura do Vizela, que marcou cedo. “Entrámos fortes, mas o jogo ficou como o Vizela queria e tivemos de fazer pela vida. Tivemos de procurar os espaços, forçar imenso e arriscar imenso. O jogo vale pelos golos e pelas oportunidade que criámos”, afirmou o treinador do Benfica, admitindo que as águias não podiam facilitar.
A formação da casa ficou em inferioridade numérica antes da meia hora, mas, para Lage, esse cenário não é sinónimo de facilidades. “Parece ser mais fácil, mas nem sempre é. Contra dez, ficam na expectativa e a defender. Tivemos de os desmontar, quando estavam em 4x4x1, tendo Grimaldo e André [Almeida] à largura máxima, como foi exemplo no primeiro golo. Tirando os dois médios, ficámos com Pizzi e Chiquinho para um maior controlo de bola e jogo curto. Tivemos capacidade para virar o jogo”, sublinhou.
Questionado sobre a apatia da equipa na primeira parte, Lage recusou ter sido “uma questão de atitude”. “Não foi uma questão de meter o pé, porque a equipa trabalhou e lutou. Já estive nestas divisões e sei o valor destes jogadores”, disse, com uma menção especial para André Soares.
O treinador do Benfica também abordou a exibição de Gabriel, que voltou a ser infeliz. “Gabriel é um médio que joga para a frente e, por vezes, esses médios falham. Falhou agora, e no último jogo, mais vezes. É um jogador de qualidade, que tem de virar o jogo e por vezes falha. Seguramente vai acertar”, esclareceu, acrescentando que as águias não pensaram na Champions. “Depois de uma paragem tínhamos de vir com a melhor equipa”, atirou. Entre elogios a Jota – “Espero que continue sempre a trabalhar e faça exibições como fez hoje [ontem] sempre que jogar” –, destacou o feito de Jorge Jesus. “É fantástico e irá abrir portas a outrostreinadoresportugueses”, disse.
“Tivemos de os desmontar, quando estavam em 4x4x1. Com Pizzi e Chiquinho, a ideia era ter mais controlo de bola e jogo curto”
“Não foi uma questão de meter o pé. Já estive em divisões inferiores e sei o valor destes jogadores”
“Gabriel é um médio que joga para a frente e, por vezes, esses médios falham. Falhou agora, mas seguramente irá acertar”
“Depois de uma paragem tínhamos de vir com a melhor equipa”
“Vitória de Jesus na Libertadores? É fantástico e irá abrir portas a outros treinadores portugueses”