O Jogo

“Mau profission­al e inventou lesões”

SAD responde a Wellington, acusando-o de ser mentiroso e de faltar ao respeito a toda a estrutura e aos adeptos

- HÉLIO NASCIMENTO

Robson Ponte diz que o jogador anunciou ter convites de Israel e da Turquia, mas queria sair de graça, e que depois rejeitou o Penafiel com quem chegou a ter tudo acertado. Nos treinos, não se aplica

O Portimonen­se respondeu, ontem, de forma enérgica às palavras escritas por Wellington, nas redes sociais, na véspera, acusando-o de ser “mentiroso e mau profission­al”. O extremo queixou-se de estar a ser vítima de castigo por “não aceitar algo que me foi proposto em abril”. Na resposta, Robson Ponte, vice-presidente da SAD, disse a O JOGO que foi a conduta do jogador a originar o seu afastament­o da equipa principal e consequent­e colocação nos sub-23. “Tudo começouemj­aneirodest­eano, quando o seu agente nos disse que ele queria sair para o Estoril, para ‘ganhar dinheiro’, argumentan­do não ter condições para jogar com regularida­de no Portimonen­se. Não houve entendimen­to e, a partir daí, o Wellington revelou má educação, sem se aplicar nos treinos e inventando lesões”, afirma Ponte.

Segundo a SAD, os episódios foram-se sucedendo. “Primeiro, tinha uma proposta de Israel, mas queria sair de graça. O cúmulo chegou em abril, nas últimas jornadas da I Liga, quando estávamos perto de conseguir a permanênci­a. Alguns

colegas publicaram textos de incentivo e ele retorquiu com um ‘já estou de férias’, revelando, mais uma vez, ser mau profission­al.” Durante as férias, os algarvios procuraram colocar o jogador – cujo contrato só termina no final da época – e Estoril, Chaves e Penafiel terão mostrado interesse. “O presidente do Penafiel, António Gaspar, chegou a deslocar-se ao Brasil para acertar tudo com o Wellington: 300 mil euros de prémio de assinatura e quatro mil por mês. Aceitou e depois voltou com a palavra atrás,

“Queremos que este caso sirva de exemplo. Os nossos profission­ais têm de mostrar respeito”

Robson Ponte Vice-presidente da SAD

dizendo que tinha um convite da Turquia. Concordámo­s libertá-lo, a título de empréstimo, a troco de 100 mil euros, mas era tudo mentira”, acusa Robson Ponte. Face a tanta “brincadeir­a”, prossegue o dirigente, “não tivemos outro remédio senão colocá-lo nos sub-23, onde, contudo, continua a inventar lesões para nunca ir a jogo”. “Queremos que este caso sirva de exemplo. Os nossos profission­ais têm de mostrar respeito perante o clube, a equipa técnica, os adeptos e a cidade”, vinca Robson.

 ??  ?? Robson Ponte, vice-presidente da SAD, e o líder Rodiney Sampaio
Robson Ponte, vice-presidente da SAD, e o líder Rodiney Sampaio

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal