Ponto forte vai a exame
O Benfica tem o melhor ataque do campeonato e enfrenta esta noite a terceira melhor defesa e a única equipa que nunca sofreu mais do que um golo por encontro, ao fim de 12 jornadas
Os axadrezados esperam capitalizar a experiência – têm a média de idades mais alta da I Liga. Também mora no Bessa a formação com menor percentagem de posse de bola, mas os resultados têm sido bons
Qualquer duelo com o Benfica é de grande exigência, mas o de hoje, no Bessa, será um teste a uma das grandes valências do Boavista esta é poca: a consistência defensiva. A formação comandada por Lito Vidigal é a terceira melhor defesa do campeonato, com oito golos encaixados, ex aequo com o V. Setúbal e atrás de FC Porto (cinco) e, precisamente, do Benfica, que sofreu quatro. Ora, os encarnados também têm o estatuto de melhor ataque – 29 golos – mas nesta noite vão medir forças com um adversário que assina outra estatística curiosa: é a única equipa da I Liga que nunca encaixou mais do que um golo num jogo, nas 12 jornadas já realizadas. Se alargarmos a análise a todas as provas, percebemos que, nas duas vezes em que sofreu dois golos, o Boavista foi eliminado da Taça da Liga (Casa Pia, 2-0) e da Taça de Portugal Chaves (2-1).
Por outro lado, se se prevê que o Benfica vá ter mais posse de bola, a verdade é que não é algo que, “a priori”, deixe os axadrezados desconfortáveis. A equipa do Bessa é a que menos percentagem de posse de bola tem, com uma média de 40,2% – a do Benfica é de 54,9% – mas nem por isso os resultados têmsido negativos. Lito Vidigal tem bem cimentado um esquema com três centrais, que tanto lhe permite estender a equipa para a frente, como resguardar-se com o apoio dos alas. Outra nota relevante é a da experiência: os boavisteiros têm o plantel mais velho da I Liga, com uma média de idades de 28 anos, embalada pela veterania de Bracali e Ricardo Costa, ambos com 38 anos e indiscutíveis.