O Jogo

“Estamos a calar muita gente”

Sandro Lima, melhor marcador do Gil Vicente

- CRISTINA AGUIAR OLGA COSTA

O melhor marcador do Gil Vicente conta a O JOGO que foi Vítor Oliveira a convencê-lo a regressar a Portugal para integrar um plantel construído do zero. Para já, só tem razões para se sentir satisfeito

Sandro Limafoi destaque recente pelo golo que selou um importante triunfo sobre o Sporting na Liga. De uma forma serena, o ponta de lança aproveitou a entrevista a O JOGO para desafiar os que duvidavam da capacidade do Gil Vicente em se afirmar na I Liga.

Como está a ser carreira no Gil Vicente?

— Está a ser impecável. O trabalho individual e coletivo está a correr bem. Só é surpresa o que estamos fazer para quem não conhece ou não acompanha o nosso dia a dia.

Ficou mais impecável com o golo que deu a vitória frente ao Sporting?

— É um gostinho bom marcar. Jogar contra um grande é uma felicidade. Não foi por ser contra o Sporting que ficou impecável, mas sim o momento que estamos a atravessar. Temos de desfrutar e dar continuida­de.

Não foi a primeira vez que marcou contra o Sporting...

— Por acaso marquei na época passada, ao serviço do Estoril. Um jogo com um grande dá sempre entusiasmo, marca um jogador e motiva-nos a dar o nosso melhor, a estar concentrad­o em cada jogada. Fiquei muito feliz por marcar outra vez.

O que o motivou a regressar a Portugal e logo para o Gil Vicente?

— Pelo projeto aliciante e tentador. Poucos jogadores aceitariam uma mudança radical na estrutura do plantel. Mas, sobretudo, pelo treinador, no qual confiamos.

Foi o Vítor Oliveira que o convenceu?

— Sim, ele ligou-me e ambos já tínhamos vontade de voltar a trabalhar juntos. Quando ele foi para o Paços de Ferreira, ainda houve algumas conversas, mas acabei por ir para o Estoril. Ele explicou-me o projeto de forma animadora, porque não é fácil pegar num plantel a começar do zero. Além disso, já tinha vontade de jogar no Gil Vicente. No meu primeiro ano em Portugal, quando estava no Rio Ave,

“Joguei muitas vezes e fiz nome na II Liga, tinha mercado, mas esta era uma oportunida­de a não perder”

“É um gostinho bom marcar. Jogar contra um grande é uma felicidade. Não foi por ser contra o Sporting que ficou impecável”

“Vítor Oliveira explicou-me o projeto de forma animadora, porque não é fácil pegar num plantel a começar do zero”

“Pela temporada que estamos a fazer, creio que não será só para mim mas para outros jogadores que estão a evoluir – será uma boa montra”

joguei contra o Gil e achei a cidade boa, um clube com adeptos.

Como reagiu a sua esposa quando lhe disse que iam voltar para Portugal, para um plantel que ia começar do zero?

—Elaper guntou- meo que desejava o meu coração. Eu tive propostas de outros clubes, alguns da II Liga com contratos tentadores e com maior duração. Ponderei bem a minha situação: já joguei muitas vezes na II Liga e fiz nome nesta competição, tinha mercado, mas esta era uma oportunida­de a não perder. No meu primeiro ano não deixei uma boa imagem, agora estou a provar que tenho qualidade – muitos duvidaram de mim – estou a demonstrar o meu trabalho.

Esta época no Gil Vicente pode ser uma boa montra?

— É um clube com história e oferece aos jogadores visibilida­de. Pela temporada que estamos a fazer, creio que não será só para mim mas para outros jogadores que estão a evoluir – será uma boa montra. O Gil Vicente está a apanhar muita gente de surpresa, no início achavam que ia ser saco de pancada, agora está a calar muita gente, é fruto do trabalho de um grupo muito forte e unido, a começar pela Direção.

O seu conhecimen­to do futebol português tem ajudado à integração dos novos jogadores?

— Há ainda o Soares, o Rúben, o Claude. Juntos estamos a passar aos outros como é o futebol português. Acho que estamos a saber lidar como o grupo e com os novatos e, até ao final da primeira volta, vamos estar mais coesos.

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