Cedências andam a “incomodar”
Após sete épocas a jogar em Portugal, Sandro Lima continua ligado ao Grémio Anápolis
A um ponta de lança pedem-se golos, Sandro Lima tem correspondido e cada vez que marca é decisivo. Na segunda época na I Liga, não traça objetivos.
Jogar na I Liga dá-lhe um entusiasmo diferente?
— É mais motivante. A II Liga é competitiva, mas é diferente marcar contra um Sporting ou um Farense. A minha primeira passagem por Portugal não correu tão bem, a adaptação não foi fácil e como já joguei dois anos na II Liga deu para conhecer melhor o futebol português, então cheguei mais preparado para este projeto da I Liga.
Ao fim de tantos anos a jogar em Portugal, não o incomoda continuar a ser emprestado, aos 29 anos?
— Claro que incomoda. Acho que já dei provas demais... Mas há outros fatores relacionados, que não vou detalhar. Já fiz grandes épocas, como em Viseu, em que marquei muitos golos. As oportunidades apareceram, mas não se concretizaram. Ser vendido implica burocracia e tenho noção das dificuldades nas negociações. Sigo em frente, a trabalhar, confiante de que as coisas mudarão e quem sabe uma futura transferência que poderá ser boa para o Gil Vicente [risos]...
Até onde quer chegar?
— Em Portugal não tenho o objetivo de chegar a este ou àquele clube. Deixo as coisas acontecerem. Sou evangélico e apego-me muito a Deus. Claro que quero mais, mas quero, acima de tudo, fazer um trabalho bem feito, porque assim sei que chego lá e cresço naturalmente.
Sente que o lugar de ponta de lança é seu?
— Não sinto isso. Temos de ter boas fases, como agora, a marcar golos e a apoiar a equipa. Acho que o meu colega, o Naidji, também é um bom ponta de lança, por isso, o meu lugar não está garantido. É claro que os golos têm peso na escolha do míster, mas não há nada garantido.
Traçou um objetivo de golos?
— Não costumo traçar, para não ficar obcecado e correr o risco de ficar frustrado. Trabalho para fazer o máximo de golos possível.
Representou três vezes o Académico de Viseu, então na II Liga. No currículo tem ainda passagens pelo Estoril e pelo Chaves. O Rio Ave foi o primeiro