Vice-campeão mundial pede mais experiência
Seleção Nacional acaba primeira fase do Europeu de andebol com uma derrota e alguns bons sinais
Portugal sofreu ontem a primeira derrota no Campeonato da Europa, frente à Noruega, uma das organizadoras da prova, a par da Suécia e da Áustria, passando sem pontos para o main round – arranca sextafeira – no grupo que jogará em Malmoe (Suécia). O primeiro adversário será precisamente a Suécia, outra equipa da casa, e o terceiro, na terça-feira, a Eslovénia. Os adversários de domingo e quarta-feira serão conhecidos apenas hoje, na última jornada do grupo E.
A qualificação para a segunda fase, conseguida à custa de duas vitórias, uma frente à França, candidata ao título que já foi eliminada, resulta no cumprir do primeiro objetivo que o técnico Paulo Jorge Pereira se propôs alcançar – ainda antes de conhecer o sorteio – pelo que o balanço é naturalmente positivo.
Ontem, perante 9069 pessoas, incluindo alguns, poucos, portugueses, e tendo pela frente uma equipa poderosa em todos os aspetos do jogo – embora ainda sobressaia a velocidade de execução –, a turma das Quinas voltou a mostrar qualidade. “Foi uma das equipas mais difíceis que defrontamos e vai causar muitos problemas aos próximos adversários. Desejo-lhes sorte”, elogiou o técnico Christian Berge, desde 2014 à frente da Noruega.
Portugal entrou bem, a equilibrar o jogo, esteve duas vezes à frente (4-3 e 5-4), em ambas as situações com golos de Pedro Portela, mas logo depois a Noruega marcou três vezes consecutivas, passou para a frente e nunca mais largou o comando, empurrada por um pavilhão altamente vibrante.
Paulo Jorge Pereira tentou de tudo, jogou quase uns 50 minutos com um ataque em superioridade (7x6), mas perante jogadores com a classe de SanderSagosen(PSG),Magnus Joendal, Goran Johannssen ou Rod Magnus (o trio que joga nos alemães do Flensburgo), as dificuldades foram tremendas. Já na segunda parte, Portugal ficou sete minutos sem marcar – Torbjoern Bergerud foi um monstro na baliza –, e o resultado saltou para 15-22. As muitas bolas falhadas da ponta baixaram a eficácia para 60%, o que foi definitivamente fatal.
“Estamos de consciência tranquila, pois ainda falta muito e podemos fazer algo engraçado”
Rui Silva
Central “Não estivemos bem na finalização, nem no 7x6. Perdemos muitas bolas”
Daymaro Salina
Pivô “Não começamos o main round com dois pontos, mas temos mais quatro jogos que queremos ganhar”
Humberto Gomes
Guarda-redes