Sérgio Conceição “Não foi fantástico, mas passámos”
Treinador do FC Portoadmitiu que nem tudo foi perfeito, na exibição que conduziu às meias-finais da Taça de Portugal, mas, o objetivo nunca esteve em risco
Saravia saiu ao intervalo, mas o treinador garantiu que conta com ele e assumiu as opções que resultaram num onze com gente menos rodada, mas muito promissora, como Vítor Ferreira
Sérgio Conceição arriscou num onze com sete alterações para eliminar um adversário do segundo escalão e o FC Porto chegou às meias-finais da Taça de Portugal diante de um Varzim “sempre à espreita de algo mais”, mas com a passagem às meias-finais assegurada pelos dragões ainda antes do intervalo. O treinador admitiu que “não foi uma exibição fantástica”. “Vivemos de resultados. Se fizéssemos uma grande exibição e tivéssemos ficado pelo caminho, se calhar, eram mais as críticas”, defendeu, e apelou ao “contexto do jogo” para lembrar que “jogaram muitos elementos novos, alguns não com tanto ritmo competitivo [como é] exigido para um jogo destes”. “Assumo as minhas opções”, afirmou Sérgio Conceição, e reiterou a “consciência de que o onze inicial tinha todas as condições para ganhar, respeitando sempre e muito o Varzim”, uma “equipa forte, que há quatro meses não perdia fora”. Mesmo assim, ao intervalo, retirou Saravia, um dos rostos menos rodados, e fez questão de o defender, no final. “Quis dar mais estabilidade à linha defensiva, sobretudo, ao corredor direito. Foi uma opção estratégica. Conto com o Saravia. Vai fazer mais jogos, ao contrário do que possam pensar e dizer. Achei que devia passar o Manafá para a direita e meter o Alex Telles.”
Mesmo sem o fulgor que se espera de uma equipa “obviamente, individual e coletivamente superior” à do Varzim, o desafio foi útil. “Foi importante, também, dar minutos ao Romário, que já não jogava há muito tempo, e dar minutos ao Vítor Ferreira, um jovem com qualidade e que está agora de uma forma mais permanente connosco. Nesse senti
“Académico de Viseu ou Canelas? Agora, estou preocupado com o Braga, com as dificuldades que vamos ter”
do, foi positivo.” O que sobrou para “melhorar” não lhe tira o sono. “Podíamos ter feito mais em termos exibicionais. É sempre difícil jogar contra uma equipa que se apresenta num bloco baixo, inteligente na forma como queria atacar a nossa baliza; num ou noutro momento, a nossa ocupação do espaço no meio-campo ofensivo não foi a melhor. Fizemos dois golos, eles fizeram um de livre, num erro individual. Fomos atrás do prejuízo, fizemos o segundo. Controlámos, mas, sempre com o Varzim à espreita de algo mais. A nossa obrigação era passar, passámos”.
“Era importante dar minutos ao Romário e ao Vítor Ferreira. Nesse sentido, foi positivo ”
“Não me lembro de uma ocasião, sem ser o livre que deu golo. Houve aproximações mas sem criar perigo”
“Conto com o Saravia. Vai fazer mais jogos. Achei que devia meter o Alex Telles. Foi opção estratégica”
“Se fizéssemos grande exibição e tivéssemos ficado pelo caminho, se calhar, eram mais as críticas”