O Jogo

“VITÓRIA PRECISA DE PESSOAS CREDÍVEIS”

PEDRO GAIVEO LUZIO Candidato da Lista B acredita que pode credibiliz­ar o clube perante novos parceiros. Reforçou o grupo a pensar na importânci­a da contabilid­ade

- MIGUEL NUNES AZEVEDO

O antigo vice quer mudar o rumo do clube e diz que a vontade de quebrar o ciclo se estende aos vitorianos. Caso seja eleito, não perderá tempo e avançará de imediato para uma auditoria

Em fevereiro, Pedro Gaiveo Luzio apresentou a sua demissão e afastou-se de clube e SAD por divergênci­as. Dez meses depois foi o primeiro a anunciar uma candidatur­a às eleições. A poucos dias do sufrágio, quer credibiliz­ar os sadinos. Foi o primeiro a anunciar uma candidatur­a. O que significa haver cinco listas a sufrágio? —São as forças vivas do Vitória. Nos últimos dez anos, o clube andou tão mal que há muitas pessoas a quererem tirá-lo dessa situação. Eu sou uma delas. Sinto que não concorremo­s uns contra os outros, porque todos pensamos no clube, embora de formas diferentes. O que o levou ao corte dos laços com a SAD e, posteriorm­ente, a uma candidatur­a? —Nunca tive confronto direto com a Direção, mas sim com a administra­ção da SAD. Não concordei com a linha de liderança e gestão da SAD, por isso afastei-me. Penso que o Vitória não merecia esta liderança e gestão. Já a Direção fez omeletes sem ovos, e fê-lo bem. Estive 14 meses na administra­ção e senti que havia possibilid­ade de levar o clube por outro caminho. Fui muito incentivad­o a avançar por empresário­s da cidade que hoje não ajudam o clube porque não se identifica­m com o mesmo, por certos parceiros financeiro­s e, sobretudo, pelos sócios. Se for eleito, qual a questão prioritári­a? —O primeiro dossiê será a auditoria, que já está pré-adjudicada. Se ganhar, vou anunciar que no dia 20 começará a auditoria. Paralelame­nte vamos alterar toda a forma como está organizado o clube. Tem de haver uma restrutura­ção e uma profission­alização no clube, na SAD e no futebol profission­al. As contas continuam a ser o grande problema? —Sim. Nada se faz sem dinheiro e esse tem de ser bem gerido e alvo de planeament­o, o que não acontece há muitos anos. Temos de ser credíveis e ter uma total parceria com quem nos quer ajudar. Temos de cumprir com o que nos compromete­mos. A preocupaçã­o passa também pelas infraestru­turas? —Sim. Temos de fazer alterações rápidas e terminar as obras que começaram com esta Direção, com prioridade para as obras na Várzea.

Como diz o nosso lema, o Vitória é mais que um clube e nós temos de abraçar a cidade. Temos uma empresa disposta a fazer o museu do Vitória e outra disposta a fazer os camarotes. Isto faz-se porque eu transmito essa credibilid­ade e cumpro. O que lhe dizem os sócios? —Os vitorianos estão desejosos de ver mudança no clube. Só nestes dois últimos anos é que se começaram a fazer obras. As pessoas querem mudança e sonham com o regresso aos momentos áureos. Isso só é possível se tivermos pessoas nas quais toda a cidade acredite. O Vitória precisa de pessoas credíveis.

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Pedro Gaiveo Luzio demitiu-se da vice-presidênci­a em fevereiro por divergênci­as com a administra­ção da SAD

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