“VITÓRIA PRECISA DE PESSOAS CREDÍVEIS”
PEDRO GAIVEO LUZIO Candidato da Lista B acredita que pode credibilizar o clube perante novos parceiros. Reforçou o grupo a pensar na importância da contabilidade
O antigo vice quer mudar o rumo do clube e diz que a vontade de quebrar o ciclo se estende aos vitorianos. Caso seja eleito, não perderá tempo e avançará de imediato para uma auditoria
Em fevereiro, Pedro Gaiveo Luzio apresentou a sua demissão e afastou-se de clube e SAD por divergências. Dez meses depois foi o primeiro a anunciar uma candidatura às eleições. A poucos dias do sufrágio, quer credibilizar os sadinos. Foi o primeiro a anunciar uma candidatura. O que significa haver cinco listas a sufrágio? —São as forças vivas do Vitória. Nos últimos dez anos, o clube andou tão mal que há muitas pessoas a quererem tirá-lo dessa situação. Eu sou uma delas. Sinto que não concorremos uns contra os outros, porque todos pensamos no clube, embora de formas diferentes. O que o levou ao corte dos laços com a SAD e, posteriormente, a uma candidatura? —Nunca tive confronto direto com a Direção, mas sim com a administração da SAD. Não concordei com a linha de liderança e gestão da SAD, por isso afastei-me. Penso que o Vitória não merecia esta liderança e gestão. Já a Direção fez omeletes sem ovos, e fê-lo bem. Estive 14 meses na administração e senti que havia possibilidade de levar o clube por outro caminho. Fui muito incentivado a avançar por empresários da cidade que hoje não ajudam o clube porque não se identificam com o mesmo, por certos parceiros financeiros e, sobretudo, pelos sócios. Se for eleito, qual a questão prioritária? —O primeiro dossiê será a auditoria, que já está pré-adjudicada. Se ganhar, vou anunciar que no dia 20 começará a auditoria. Paralelamente vamos alterar toda a forma como está organizado o clube. Tem de haver uma restruturação e uma profissionalização no clube, na SAD e no futebol profissional. As contas continuam a ser o grande problema? —Sim. Nada se faz sem dinheiro e esse tem de ser bem gerido e alvo de planeamento, o que não acontece há muitos anos. Temos de ser credíveis e ter uma total parceria com quem nos quer ajudar. Temos de cumprir com o que nos comprometemos. A preocupação passa também pelas infraestruturas? —Sim. Temos de fazer alterações rápidas e terminar as obras que começaram com esta Direção, com prioridade para as obras na Várzea.
Como diz o nosso lema, o Vitória é mais que um clube e nós temos de abraçar a cidade. Temos uma empresa disposta a fazer o museu do Vitória e outra disposta a fazer os camarotes. Isto faz-se porque eu transmito essa credibilidade e cumpro. O que lhe dizem os sócios? —Os vitorianos estão desejosos de ver mudança no clube. Só nestes dois últimos anos é que se começaram a fazer obras. As pessoas querem mudança e sonham com o regresso aos momentos áureos. Isso só é possível se tivermos pessoas nas quais toda a cidade acredite. O Vitória precisa de pessoas credíveis.