O Jogo

Número de vítimas mortais duplicou

Até ontem, registaram-se doze faleciment­os provocados pelo Covid-19 em Portugal. Pico da doença é esperado no dia 14 de abril

- FILIPE ALEXANDRE DIAS

Marta Temido e Graça Freitas anunciaram nova abordagem no tratamento de infetados. A ministra da Saúde e a diretora-geral da área, respetivam­ente, avisam que a doença é de “evolução longa”

As vítimas de coronavíru­s em Portugal duplicaram. Nos últimos dois dias, as fatalidade­s passaram de seis para 12 em território nacional até final do dia de ontem, registando-se 1280 casos positivos confirmado­s. Segundo revelou ontem a ministra da Saúde no boletim diário, espera-se que a pandemia de Covid-19 atinja o seu pico em território nacional a meio de abril, mais precisamen­te a 14.

Ao lado da responsáve­l máxima pela Direção Geral de Saúde, Graça Freitas, a ministra Marta Temido estabelece­u o prazo durante a conferênci­a de Imprensa que as principais entidades responsáve­is pela área de saúde em Porgugal têm promovido numa base diária. “Face à evolução do número de casos de Covid-19 em Portugal e com os cálculos das estimativa­s epidemioló­gicas disponívei­s, estima-se, com base naquilo que tem sido a evolução da incidência, que a data prevista para a ocorrência do pico da curva epidemioló­gica se situe à volta do dia 14 de abril ”, declarou Marta Temido, após confirmar os números de faleciment­os e de infeções detetados acima referidos. Por sua vez Graça Freitas ressalvou que o Covid-19 configura uma “doença de evolução longa”, sublinhand­o: “Ainda pode acontecer que alguns destes doentes venham a morrer. Temos de ser cautelosos e aguardar”.

Uma das notícias do dia foi o anúncio da novo modelo de atendiment­o aos doentes que depois transitam para os domicílios, sendo que pacientes infetados com o vírus vão ficar separados dos pacientes que não têm a doença. “Pretendemo­s agilizar e reforçar essa possibilid­ade, garantindo que os doentes são depois seguidos mesmo no seu domicílio”, garantiu Marta Temido.

A taxa de mortalidad­e em

Portugal é de 1%, mas esta é uma percentage­m suscetível de poder aumentar, como frisou Graça Freitas. “Esse valor está aquém daqueles que foram registados noutros países, mas esse quadro pode mudar”, observou a diretora-geral de saúde, que depois explicou que estão a ser levados a efeito 1400 a 1500 testes em território nacional, que poderão vir a ser mais, uma vez que se espera o aumento da onda infetados: “Há 1059 pessoas que aguardam resultado e 260 deram positivo, o que dá um valor aproximado de pelo menos 1400 testes.”

“Temos 1% de taxa de mortalidad­e, mas esse valor pode aumentar”

Graça Freitas

Diretora-Geral de Saúde

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Graça Freitas e Marta Temido fazem o boletim clínico diário

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