O Jogo

“Não queriam ouvir falar nos sete pontos de atraso”

Fernando Andrade, avançado emprestado ao Sivasspor, esteve a recuperar no Dragão durante a reviravolt­a na tabela

- BRUNO FILIPE MONTEIRO

Hipótese de reintegrar o plantel do FC Porto em janeiro não se colocou, mas o brasileiro acredita que a temporada prometedor­a que tem efetuado pelo Sivasspor lhe abrirá as portas no futuro

O regresso de Fernando Andrade ao Olival em janeiro, para debelar uma lesão muscular na perna direita, coincidiu com a fase mais difícil da época para FC Porto. Os dragões viram escapar um objetivo (Taça da Liga) e ainda ficaram a sete pontos do primeiro lugar da Liga, ocupado pelo Benfica. Contudo, o avançado explica em O JOGO que os excolegas nunca deixaram de acreditar numa mudança de rumo. E o regresso ao topo da tabela antes da paragem imposta pela propagação da Covid-19 deu-lhes razão.

Surgiram notícias de que podia ter regressado ao FC Porto. É verdade?

—Acho que foi especulaçã­o, porque não existia nenhuma cláusula dessas no contrato. Ainda por cima, o Sivasspor estava em primeiro, com cinco pontos de vantagem. Mesmo que o FC Porto quisesse, o clube teria que me libertar. E como a equipa nunca ficou nos primeiros lugares da classifica­ção, as chances de isso acontecer eram mínimas. Tudo tem o seu tempo. Ainda tenho três anos de contrato com o FC Porto e tudo pode acontecer. O mais importante é olhar para o meu trabalho e não ligar a especulaçõ­es, porque, quando se olha para o trabalho, surgem os resultados.

Mas esteve a recuperar de uma lesão no clube. A que se deveu a escolha?

—Quando sofri essa pequena lesão, o médico do Sivasspor disse-me que só precisava de dez dias para recuperar. Esperei esse tempo, mas, quando voltei, ainda sentia dores. Pediram-me mais dois meses. Foi então que decidi ligar ao Dr. Nélson Puga e pedir autorizaçã­o ao Sérgio Conceição para recuperar no FC Porto. Foi bom, porque permitiu-me recuperar rapidament­e. O que supostamen­te seria preciso dois meses para tratar, o FC Porto resolveu em 18 dias.

Esse período coincidiu com uma fase complicada para o FC Porto…

—É verdade. Lembro-me que cheguei no mesmo dia em que o FC Porto perdeu com o Braga, no Dragão, e estive lá nesse jogo. Foi uma fase mesmo difícil. Graças a Deus, depois que voltei à Turquia a classifica­ção virou. [risos]

Notou alguma perturbaçã­o nos ex-colegas? Como lidaram com essa fase?

—Deu para perceber que a rapaziada estava toda motivada. Só não gostavam dos comentário­s negativos, porque se dizia que estavam com sete pon

“Se calhar, quem criticava a equipa na altura [derrota com o Braga no Dragão] agora está calado” “Lesão? O que supostamen­te levava dois meses a tratar, o FC Porto resolveu em 18 dias”

Fernando Andrade

Avançado do Sivasspor

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