O Jogo

Regresso ao futuro só lá para junho

CORONAVÍRU­S Primeiro-ministro só antes do verão antevê a retoma. Por agora, é aguentar tudo: empresas, empregos e o rendimento das famílias

- FILIPE ALEXANDRE DIAS

Estudo epidemioló­gico analisado hoje permitirá ver evolução da pandemia. Estratégia é clara: evitar o pico e achatar a curva. Líder do Governo diz que não se perderá o controlo

E ao quinto dia do Estado de Emergência, António Costa confessou: rói as unhas. Contudo, o primeiro-ministro hoje tenta contrariar o trejeito a bem da disciplina higiénica recomendad­a, mas o nervosismo devese ao estudo epidemioló­gico que hoje será analisado, o qual permitirá extrair conclusões sobre a evolução da pandemia, mas também a esperança de que em junho a primeira vaga do vírus se dissipe e permita recuperar da crise. Para já, uma garantia, Portugal está a preparar-se para a doença... e para a cura.

“Não vamos atingir um ponto de rutura e só sabemos como vamos viver em junho, quando houver mais informação e se teremos ou não uma segunda onda. A evolução epidemioló­gica tem pico previsto em meados de abril, e um final da primeira onda em finais de maio. Amanhã [hoje] vai ser analisar o estudo epidemioló­gico. Segundo o que já sabemos, não vamos perder o controlo”, assegurou o primeiro-ministro à TVI, confiando: “O número de casos verificado­s foi inferior aos estimados. Pecamos por excesso e não por defeito. A estratégia é evitar o pico e achatar a curva, mas isso tem como consequênc­ia prolongar a duração da epidemia.”

Garantindo que não há falta de médicos, camas, cuidados intensivos, ventilador­es ou equipament­o e de que não haverá “rutura”, António Costa abordou o quadro económico: “O objetivo é não destruir empresas, não destruir empregos e suportar rendimento­sdasfamíli­a,mas não temos varinha mágica...”

António Costa voltou a dar a entender que as medidas restiritiv­as em vigor podem ser alargadas além dos 15 dias em curso

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António Costa garantiu que serviços médicos não vão atingir ponto de rutura

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