Regresso ao futuro só lá para junho
CORONAVÍRUS Primeiro-ministro só antes do verão antevê a retoma. Por agora, é aguentar tudo: empresas, empregos e o rendimento das famílias
Estudo epidemiológico analisado hoje permitirá ver evolução da pandemia. Estratégia é clara: evitar o pico e achatar a curva. Líder do Governo diz que não se perderá o controlo
E ao quinto dia do Estado de Emergência, António Costa confessou: rói as unhas. Contudo, o primeiro-ministro hoje tenta contrariar o trejeito a bem da disciplina higiénica recomendada, mas o nervosismo devese ao estudo epidemiológico que hoje será analisado, o qual permitirá extrair conclusões sobre a evolução da pandemia, mas também a esperança de que em junho a primeira vaga do vírus se dissipe e permita recuperar da crise. Para já, uma garantia, Portugal está a preparar-se para a doença... e para a cura.
“Não vamos atingir um ponto de rutura e só sabemos como vamos viver em junho, quando houver mais informação e se teremos ou não uma segunda onda. A evolução epidemiológica tem pico previsto em meados de abril, e um final da primeira onda em finais de maio. Amanhã [hoje] vai ser analisar o estudo epidemiológico. Segundo o que já sabemos, não vamos perder o controlo”, assegurou o primeiro-ministro à TVI, confiando: “O número de casos verificados foi inferior aos estimados. Pecamos por excesso e não por defeito. A estratégia é evitar o pico e achatar a curva, mas isso tem como consequência prolongar a duração da epidemia.”
Garantindo que não há falta de médicos, camas, cuidados intensivos, ventiladores ou equipamento e de que não haverá “rutura”, António Costa abordou o quadro económico: “O objetivo é não destruir empresas, não destruir empregos e suportar rendimentosdasfamília,mas não temos varinha mágica...”
António Costa voltou a dar a entender que as medidas restiritivas em vigor podem ser alargadas além dos 15 dias em curso