O Jogo

Três grandes apoiam decisão

FC Porto, Benfica e Sporting concordam que, nesta altura, o mais importante não são as competiçõe­s

- ANDRÉ MORAIS DUARTE TORNESI MARCO GONÇALVES

Responsáve­is da formação destacam a importânci­a de proteger a saúde e não pôr ninguém em risco. Pedro Mil-Homens, dirigente das águias, aconselha a UEFA a dar por concluída a Youth League

Perante o comunicado da FPF a determinar o fim das competiçõe­s de formação esta época devido à pandemia da Covid-19, os três grandes clubes nacionais assumiram uma rara unanimidad­e de apoio à decisão da federação liderada por Fernando Gomes. Pedro Mil-Homens, diretor-geral do futebol do Benfica, Paulo Gomes, diretor-geral da Academia do Sporting, e José Tavares, coordenado­r da formação do FC Porto, assumiram as posições dos respetivos clubes. Em declaraçõe­s à BTV, MilHomens assegura que “o Benfica não só concorda como aplaude de forma efusiva esta decisão”, consideran­do que “esta posição da FPF poderia ser o exemplo para aquilo que outras federações desportiva­s em Portugal deveriam fazer”, disse, sem se manifestar sobre as provas profission­ais. “Continuam suspensas as competiçõe­s seniores, aí vamos esperar para ver o que acontecerá, mas referindo-me à formação, qualquer título para qualquer clube não tem o menor signi

Futebol jovem sofreu uma determinaç­ão inédita ficado”, disse, deixando um conselho à UEFA. “Deveria, sem demoras, dar um sinal para também se perceber que não há condições para pensar em terminar a Youth League ou as fases de apuramento para os Europeus.”

Em declaraçõe­s a O JOGO, José Tavares realça que os títulos não são determinan­tes e que esta é uma decisão que se justifica perante questões mais relevantes, como a saúde pública. “Os campeonato­s são importante­s, porque é na competição que nos comparamos com os outros, nos superamos e estamos sujeitos às várias situações possíveis, desde estar a ganhar e ter de segurar o resultado ao estar a perder e ter de dar a volta. Mas a ‘campeonite’ não é a coisa mais importante. Na formação, ser campeão não é mais importante. O objetivo é o desenvolvi­mento dos jogadores, tendo em vista poder leválos até à equipa principal”, sublinhou, antes de garantir que os planos de treino se vão manter até ao fim da época (ver mais na página 9).

Por sua vez, Paulo Gomes enalteceu a decisão da FPF por considerar que “nada pode bater a saúde de qualquer ser humano”. “Neste momento, o futebol tem de passar para segundo plano. O jogador não é tão importante como o ser humano e esta decisão da FPF visa proteger o ser humano e dar espaço para que possamos fazer aquilo de que mais gostamos num futuro próximo. Assim sabemos que começamos a próxima época sem colocar ninguém em risco”, afirmou o diretor-geral da Academia leonina ao canal do clube.

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