“DIFÍCIL ESTAR LONGE MAS HÁ QUE SER FORTE”
Fã de Ozil, Isco e David Silva, o espanhol Montiel, cedido pela Fiorentina, mostra-se feliz com a escolha do Bonfim e sonha com o regresso aos relvados
Médio espanhol jogou em Itália antes de rumar ao V. Setúbal por empréstimo. Longe de namorada, família e amigos, procura manter o contacto numa altura em que também o futebol já faz falta
Filho de um antigo futebolista, Montiel trocou o Maiorca pela Fiorentina no verão passado e, pouco tempo depois, o destino levou-o ao Bonfim. Em entrevista a O JOGO, o médio falou de um ano de mudanças, marcado pela pandemia. Como foram os primeiros tempos em Itália? —Foi duro, porque sou muito jovem e tive de deixar família e amigos em Maiorca, mas sabia que me podia ajudar a cumprir o meu sonho de ser futebolista. Adaptei-me rápido graças a colegas que me acolherammuitobem.Pudefazer uma boa pré-temporada, dar a conhecer o meu futebol, e esperavatermaisoportunidades para confirmar o que já tinha mostrado. Nunca nos podemos render e temos de estar preparados para qualquer oportunidade. Como foi recebido em Setúbal?
—Fui muito bem recebido e estou grato. Surpreendeu-me ver um grupo tão unido e alegre, uma família; isso é muito importante para uma equipa. É um clube enorme, com uma história muito grande, e não poderia estar mais honrado de vestir esta camisola. Esperava uma adaptação rápida? —Na verdade, não pensei nisso. Só pensei em chegar e estar à disposição do míster e da equipa o quanto antes. Tenho de continuar a trabalhar para ter mais minutos. Nesta paragem, como é o seu dia a dia? —Temos de respeitar o que nos aconselham para tentar solucionar isto o quanto antes. Tento manter-me em forma para estar pronto no momento em que tudo seja retomado. Tenho muitas saudades do futebol.Precisodesentir a vontade de que chegue o fim de semana para jogar. Itália e Espanha são dos países mais afetados. Fala com colegas sobre o que se está a passar lá?
—Passo muito tempo ao telemóvel, porque a minha namorada está em Itália e é muito difícil estar longe, mas há que ser forte e positivo. Também falo com colegas e esperamos que a normalidade volte. Falo regularmente com família e amigos em Espanha: graças a Deus, estão todos bem. É preciso sermos sérios e respeitar as regras que nos aconselham.