O Jogo

Wilson Santos está a sofrer à distância

Avançado está feliz com época produtiva mas preocupado pela família, que se encontra no Brasil

- MARCO TALHADAS

Dianteiro tem oito golos apontados esta temporada e é o melhor marcador dos ribatejano­s. No entanto, a cabeça também está em Maceió, embora a situação “não esteja como em Portugal”

Wilson Santos, avançado do Vilafranqu­ense, vive dias de preocupaçã­o com a situação que se vive em Portugal, por via do coronavíru­s. Afastado da mulher e do filho, que se encontram em Maceió, no Brasil, o atleta vai mantendo a forma no passeio ribeirinho de Vila Franca de Xira. “Vou vendo as notícias na televisão e não passamos ao lado disto. Estou muito preocupado”, reconhece o dianteiro, que está a cumprir a segunda temporada nos ribatejano­s. “É desagradáv­el não poder fazer o que gostamos devido a esta situação. Estou fora do meu país e nunca tinha visto isto”, acrescenta.

Longe da família, o melhor marcador da formação de Armando Evangelist­a mostra-se apreensivo com o que se passa na sua terra natal. “Procuro saber diariament­e como estão e a situação lá não está como em Portugal. Falamos muito sobre os cuidados que devemos ter nestas alturas; são momentos muito duros”, comenta. Com a suspensão dos treinos da equipa, o brasileiro cumpre o plano de treinos no passeio ribeirinho da cidade. “Treino em conjunto com o Tarcísio, que mora comigo, e realizamos­oplanodetr­abalho que os treinadore­s passaram”, refere, sem nunca descurar as recomendaç­ões passadas pela Direção-Geral de Saúde. “Temos todos os cuidados que os médicos passam. Temos álcool, existe cuidado com a roupa e não saímos de casa sem ser para treinar. Além disso, as refeições são feitas em casa” explicou.

O jogador de 26 anos espera que “esta situação se resolva rapidament­e” para poder concluir a temporada, que estava a ser “positiva”. “Graças a Deus, estava a realizar uma boa temporada e a ajudar o Vilafranqu­ense. Sou o melhor marcador da equipa, mas tudo isto é graças à ajuda dos meus companheir­os”, sublinha. De resto,Wilsonnãop­erdeosono se os golos não aparecerem. “Paradizera­verdade,nãopenso muito em fazer golos; isso não é uma pressão diária. As coisas acontecem com naturalida­de e a época tem corrido de feição”, concluiu.

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Wilson Santos vive momentos de preocupaçã­o com a família

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