Madeira muda sistema de apoios
Inversão de marcha suspende nova política de apoios e faz regressar ao anterior sistema
Depois de O JOGO ter noticiado uma situação financeira periclitante vivida pelo Nacional e que tem obrigado a administração da SAD a pagar do seu bolso os ordenados dos jogadores dos meses de fevereiro e de março, o assunto sofre agora novos desenvolvimentos, com o Plano Regional de Apoio ao Desporto (PRAD) a voltar à ordem do dia. Após ter afirmado que não iria tecer “comentários” sobre os contratos programa, o secretário que tutela a pasta do desporto, Jorge Carvalho, apontou, ontem, uma solução para o Marítimo e Nacional. “Estas duas entidades teriam, neste novo mandato, um enquadramento diferente em relação ao futebol profissional. No atualcontexto,nãosendopossível avançar para a solução que havia sido definida e que existiaessecompromissocom os clubes e que implicava a suspensão do PRAD, vamos reativar o PRAD e dessa forma procurar criar, o mais rápido possível, as condições de apoio a essas duas entidades”.
No fundo, é um regresso ao sistema anterior, depois de ter sido proposto um sistema que vigoraria com a duração de uma legislatura (quatro anos), prevendo, de forma já fixa, os valores a atribuir atendendo a competição em que os clubes iam participar. Esses valores seriam pagos no início dos campeonatos.
Assim, o Governo Regional deveráavançarcomdoisnovos contratos-programa com o Marítimo e Nacional, submetê-los à aprovação do Tribunal de Contas e, depois de aprovados, disponibilizar as verbas (1,8 milhões para o Marítimo e 950 mil euros para o Nacional), que chegarão lá para Maio.ContactadoporOJOGO, o Nacional disse desconhecer esta medida, mas recebeu-a com agrado até porque ainda não recebeu qualquer transferência esta época. “Não sendo a solução preconizada, é importante esta vontade do Governo Regional em resolver esta situação”, responderam.