Ia a Espanha buscar tabaco

Violação do dever de confinamento é uma tentação. Na Póvoa de Varzim, há um infetado em fuga

Portugal passou ontem a barreira das 300 mortes por covid-19: 311, mais 16 do que na véspera, o registo diário mais baixo desde o início do surto, que conta agora 11 730 infetados (mais 452 do que no domingo). Numa altura em que os números começam a dar alguns sinais animadores quanto ao abrandamento da curva da doença, ficar em casa é essencial para travar a propagação. Continua a haver, contudo, quem ceda à tentação de violar o dever de confinamento. De França chega a notícia de um homem de Perpignan, 24 anos, que no sábado tentou, sem sucesso, atravessar a fronteira com Espanha para comprar tabaco.

Barrado no controlo policial, decidiu usar um caminho de montanha para, a pé, tentar chegar a Jonquera, no país vizinho. Correu mal, contou, nas redes sociais, a proteção civil dos Pirenéus Orientais: caiu num riacho, perdeu-se e foi resgatado de helicóptero, após pedir socorro por telemóvel. Pagou uma multa de 135 euros. Também em França, uma mulher foi já condenada a oito meses de prisão, seis de pena efetiva, por violação reiterada do dever de confinamento.

Em Portugal, o JN noticiava ontem a fuga de um indivíduo infetado com covid-19 que na véspera fora conduzido a casa pela polícia, quando passeava, na Póvoa de Varzim. Deixou a habitação pouco depois de as autoridades partirem. O estado de emergência vigora até dia 17 e, até à data, foram presas 130 pessoas por desobediência.