O DIA EM QUE MARCELO FESTEJOU NO CARRO...
Presidente da República lembrou conquistas no Jamor em 1966 como adepto e na tribuna em 2016. Paulo Fonseca falou em “feeling”
O Braga saiu duas vezes do Jamor com a Taça de Portugal nas mãos e ontem, nos 54º e 4º aniversários das conquistas, não deixou passar as datas em claro. Marcelo Rebelo de Sousa também não
O Braga assinalou ontem uma data especial da sua história. Nos dias 22 de maio de 1966 e 2016, o Jamor vestiu-se de vermelho e branco e viu o emblema arsenalista conquistar a Taça de Portugal, os dois troféus mais importantes do clube, recordados por Marcelo Rebelo de Sousa, como Presidente da República e adepto, e também Paulo Fonseca, enquanto treinador na época 2015/16. Marcelo Rebelo de Sousa esteve nas duas datas e deixou um depoimento. “Eu era adolescente no dia 22 de ma iode 1966 e estive no J amor na primeira conquista do Braga. Quis entrar no relvado para celebrar o golo do Perrichon e comemorar a nossa vitória num jogo difícil contra o V. Setúbal [n.d.r 1-0]. Cinquenta anos depois, na segunda conquista, entreguei a Taça de Portugal ao clube, mas como Presidente da República [n.d. r. triunfo nas grandes penalidades frente ao FC Porto]. Como podia sonhar em 1966 que cinquenta anos depois estaria a presidir à final da Taça de Portugal e a entregar o troféu ao Braga?”, referiu o chefe de Estado.
Adepto confesso do Braga, do qual é o sócio número 2253, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que, por força do lugar institucional que ocupa, os festejos em 2016 foram muito diferentes dos de 1966. “Estes são os duplos parabéns de um adepto que só não foi adepto [em 2016] porque era Presidente
Marcelo Rebelo de Sousa
Presidente da República
Paulo Fonseca
da República. Quando terminou o jogo e sentei-me sozinho no carro, a conduzir, aí foi o adepto que se felicitou pela segunda vitória na Taça de Portugal”, recordou ainda.
Paulo Fonseca, atualmente a treinar a Roma, de Itália, sublinhou que o Braga de há quatro épocas tinha muito de especial. “Aquele golo do FC
Porto no último momento do jogo [n.d.r. André Silva fez o 2-2] trouxeà memória de todos o ano anterior[n.d.r. derrotano J amor como Sporting ], mas tive um ‘feeling’ que a história não se repetiria”, disse o treinador, que deixou em Braga “relações marcantes”, que considerou “mais importantes do que os troféus”.
“Em 1966 era adolescente e quis entrar no relvado para celebrar o golo do Perrichon” “O golo do FC Porto no fim do jogo trouxe à memória o ano anterior, mas tive um ‘feeling’ que a história não se repetiria”
Treinador do Braga em 2015/16