O Jogo

Borja e Doumbia já têm sentença dada pela tática

Lateral não consegue ser a opção desejada para fazer o flanco esquerdo todo e o médio é, sobretudo, um destruidor num meio-campo com três elementos. A dois... fica curto

- RUI MIGUEL GOMES

Ciente dos problemas de enquadrame­nto, a SAD já procura soluções para as carreiras dos jogadores, ainda que o mercado de transferên­cias, provavelme­nte, possa ser pouco expressivo em opções

Cristián Borja e Idrissa Doumbia são dois dos jogadores que já têm um destino traçado, o qual está claramente norteado pela inadequaçã­o aos pressupost­os táticos do técnico Rúben Amorim, que tem tido oportunida­de de observar o desempenho de cada um dos atletas na “pré-temporada” que está a ser realizada antes da retoma da Liga. E neste campo, aquele que tem apresentad­o maiores dificuldad­es de encaixe nas ideias que estão a ser colocadas em prática pelo treinador leonino é o lateral-esquerdo Borja.

Ointernaci­onalcolomb­iano tem sido apenas opção para o lado esquerdo, onde Acuña é rei e senhor do posto, denotando dificuldad­es esperadas na cobertura de todo o flanco, quer em termos defensivos como ofensivos, ele que, aos 27 anos, sempre se apresentou como um lateral-esquerdo de raiz. Ora, estas dificuldad­es vão precisamen­te ao encontro daquele que é um dos objetivos da SAD, que passam pela transferên­cia do atleta que foi contratado em janeiro de 2019 por 3,2 milhões de euros aos mexicanos do Toluca. Com reduzida utilização na estação em curso, somente 1239 minutos nas cinco competiçõe­s disputadas em 2019/20, Borja faz parte do leque de atletas em que a SAD vai procurar recuperar o montante investido, mesmo que o mercado apresente dificuldad­es suplementa­res face à pandemia covid-19. Borja, esse, nem como terceiro defesa-central, descaído pelo lado esquerdo – função que chegou a atuar com Keizer e Silas, esporadica­mente –, consegue convencer o técnico.

Doumbia também enfrenta um problema semelhante ainda que não seja são acentuado, porque, de facto, o treinador utiliza no seu 3x4x3 um atleta no centro do terreno com caracterís­ticas de recuperado­r e mais defensivas. Porém, Doumbia denota, como se tem visto nos treinos e não só, problemas em termos de construção de jogo, no processo ofensivo, e tendo Rúben Amorim o objetivo de implementa­r um sistema em que os dois médios têm de complement­ar-se nas funções, Doumbia tem vindo a ser colocado paulatinam­ente nos lugares secundário­s na corrida por uma vaga na equipa. Doumbia, que, relembrese, chegou igualmente em janeiro de 2019, a troco de 3,8 milhões de euros, foi usado preferenci­almente num meio-campo com três elementos, tendo ganho algum espaço competitiv­o devido aos problemas físicos que têm vindo a prejudicar o trajeto de Battaglia nos leões.

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Borja e Doumbia estão colocados na lista dos atletas transferív­eis

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