KIMMICH FÊ-LOS NUMOITO
ALEMANHA Chapéu do médio deu o triunfo ao Bayern, agora com sete pontos de avanço e mais perto do octacampeonato
Com um magnificente e inesperado chapelinho, Joshua Kimmich apontou de fora da área, aos 43’, o golo que permitiu a Bayern bater fora o Dortmund por 1-0, ficando assim com o caminho escancarado para o trigésimo título alemão da sua história e o oitavo consecutivo.
Os bávaros ficam com sete pontos de avanço sobre este opositor – e eventualmente sobre o RB Leipzig, se vencer hoje na receção ao Hertha Berlim –, pelo que, nos seis jogos que faltam, só precisa de vencer quatro ou ganhar três e empatar outros tantos para erguer a saladeira. E isto se Borússia ou RB vencerem todos os duelos até final.
Pela facilidade, simplicidade e superioridade com que os bávaros superaram este obstáculo, não parece possível. Salvo acidentes de última hora, a festa do octacampeonato está por um triz na Baviera.
Para tal, muito contribuiu uma diferença de monta entre os dois conjuntos: de um lado, uma equipa irreverente, criativa e com os níveis de entrega no máximo; no outro, um onze ultraexperiente e assente numa espinha dorsal com anos e anos de clube. Neuer, Alaba, Boateng e Muller estiveram todos nos sete títulos de campeão do Bayern desde 2012/13. E Lewandowski soma seis e Kimmich cinco. No Dortmund, excluindo guardião e centrais, só Raphael Guerreiro está há mais de três épocas no clube visitado.
Maturidade, coesão, organização e tranquilidade: eis três palavras-chave que explicam a supremacia do Bayern, sem tirar espaço ao crucial improviso no lance que decidiu a partida. Longe de ser uma fria máquina inexpugnável, este
Bayern também venceu porque teve a imaginação certa no momento certo. Antes disso, porém, já Piszczek tinha evitado um golo do Bayern em cima da linha (19’), a remate de Gnabry, enquanto o Dortmund só empolgou os adeptos (fora do estádio porque as bancadas continuam vazias) nos primeiros 10’, com Haaland a falhar duas hipóteses razoáveis. a primeira, dentro do primeiro minuto, foi salva por Boateng em cima da linha, depois do avançado colocar a bola por entre as pernas de Neuer, que saíra da área para negar o golo a Thorgan Hazard. O norueguês de 19 anos é candidato a estrela mundial, ontem mas ficou em branco.
Na segunda parte, Lucien Favre meteu em jogo Jadon
“Falhámos no último passe. Chegar ao título será brutalmente complicado”
Lucien Favre
Treinador do Borússia Dortmund “Demos um grande passo em frente. Estivemos concentrados e fomos audazes”
Hans-Dieter Flick
Treinador do Bayern Munique
Sancho, Witsel e Emre Can, mas o Bayern quase nunca vacilou, excetuando-se apenas um remate de Haaland, na grande área, que saiu um pouco ao lado depois de desviar num cotovelo de Boateng, que estava no chão. O VAR podia ter assinalado penálti, mas deixou seguir e, depois disso (já sem Haaland em campo, substituído aos 72’ por lesão, aparentemente sem gravidade), o Bayern quase fazia o segundo, aos 82’, num tiro de Lewandowski ao poste.