O Jogo

“NÃO SEI COMO SERÁ RESOLVIDA ESTA CRISE”

Vítor Bruno não esconde o receio pela pandemia de covid-19, até porque tem noção de que é uma situação dramática e terá um impacto enorme na carreira para todos os jogadores

- ANTÓNIO S. FONSECA

O lateral-esquerdo termina contrato no próximo mês e está de saída do Leixões, mas ainda não sabe o que o futuro lhe reserva. O momento é de grande incerteza em relação às apostas dos clubes

Sem jogar desde 28 de fevereiro (diante do Benfica B) Vítor Bruno poderá ficar mais de meio ano sem competir. “É uma situação dramática, tanto a nível competitiv­o como psicológic­o, que já começa a parecer que vai ser pior. Não é fácil esta situação e vai ser muito complicado para mim e para os outros jogadores”, avisou. O defesa tem procurado manter a forma através do treino individual, mas reconhece não ter “as condições ideais para trabalhar”. “Vai ser uma situação muito difícil para mim, assim como para os meus colegas de profissão”, assumiu.

O lateral termina contrato no final de junho e está de saída do Leixões. “É outra situação para ultrapassa­r. Vamos ter graves problemas a nível da situação económica e estamos um pouco descalços”, apontou, mantendo o discurso na incerteza: “Não sei como será resolvida esta crise que vai trazer grande impacto a nível de finanças. A nível de jogadores vai ser um impacto enorme nas suas carreiras.”

Vítor Bruno não fugiuàques tão da mudança de clube, sendo ele um jogador com passagens pela I Liga, ao serviço do Penafiel, Feirense e Boavista. “Termino contrato e saio, mas neste momento não tenho nada com outros clubes. Vamos esperar. Será que o impacto que a II Liga está a ter permitirá manter-se os níveis salariais?”, questiona, concretiza­ndo: “Não sabemos como o será o futuro. É complicado e difícil uma situação como esta, da forma como a época termina. Sei do meu valor e capacidade, mas não posso controlar quem contrata. Vamos aguardar, mas posso garantir que vou voltar mais forte que nunca”, garante.

Uma época coma camisola do Leixões, 22 jogos (19 no campeonato e três na Taça de Portugal), dá para Vítor Bruno considerar que “é um clube enorme”. “Existe uma paixão e sede em voltaràILi­ga,m as quando encontrar o rumo certo e conjugação com os adeptos para irem ao estádio, pelo menos ao Mar, estará no caminho certo para subir”, concluiu.

“Sei do meu valor, mas não posso controlar quem contrata”

Vítor Bruno Defesa do Leixões

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Vítor Bruno teme que a crise tenha um grande impacto na carreira dos jogadores que estão na II Liga

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