O Jogo

“Vou propor teto no endividame­nto”

Rio quer aproveitar o talento da formação como meio para reduzir a folha salarial do plantel

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Em que prazo espera atingir a sustentabi­lidade?

—A reestrutur­ação financeira de um clube como o FC Porto, e na situação em que está, vai exigir tempo. Agora, há medidas de curto prazo e outras que podem ser implementa­das ao longo de alguns anos. O FC Porto tem de reduzir o seu nível de endividame­nto. No último ano, o FC Porto pagou 20 milhões de euros em juros. O que se poderia fazer com uma parte desse juro? Por isso, vou propor um teto ao endividame­nto e quero reduzir a folha salarial do plantel. Mas não o posso fazer de um dia para o outro, porque há contratos e eles têm de ser respeitado­s.

Haverá teto no plantel?

—Não quero afirmar isso, porque dependerá muito das condições de mercado. O FC Porto tem de gastar consoante as necessidad­es da equipa técnica, desde que a SAD concorde com esse gasto. Impor um teto pode ser limitativo da competitiv­idade da equipa.

Mesmo assim, o corte não poderia levar a uma perda de jogadores?

—Nos contratos que existem nãovamosme­xer.Comoéque se pode reduzir o custo do plantel? Apostando nos jogadores da formação, que não terão salários tão elevados como as aquisições, e apostando no scouting, para descobrir jovens talentos que também não terão um salário tão elevado como um jogador mais experiente. Mas o FC Porto também terá de se preocupar em ter jogadores de referência. E isso faz-se mantendo alguma estabilida­de no plantel, não vendendo todos os anos os jogadores que são a espinha-dorsal - apenas um ou dois -, e indo buscar jogadores que façam ainda mais a diferença. Não falo em ter uma equipa baseada só na formação. Não. Temos de ter jogadores experiente­s, nacionais ou internacio­nais, que ajudem o clube a vencer os títulos cá dentro, bem como a fazer boas figuras lá fora, a chegar às fases a eliminar da Liga dos Campeões e, quiçá, a ganhar uma competição europeia.

“Não falo numa equipa só baseada na formação. Precisamos de experiênci­a”

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