O Jogo

“Benfica? Relações são impossívei­s”

José Fernando Rio frisa que o clube da Luz usou armas, alegadamen­te, ilegais para subir ao poder

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“O FC Porto retraiu-se, talvez por se julgar superior ao resto” “A FPF tem tratado mal o clube. (...) Há uma proximidad­e com os interesses do Benfica”

De que forma o FC Porto reforçaria a representa­tividade nas principais instituiçõ­es desportiva­s consigo?

—O FC Porto tinha a liderança do futebol português, tinha uma voz ouvida e respeitada por todos, e houve um retraiment­oproposita­do, talvez por se ter julgado superior ao resto do futebol português, achando que ganharia sempre de qualquer maneira. Foi-se afastando dos órgãos de decisão. Isso foi um erro crasso, porque o poder nunca fica vazio. E outros clubes, ao verem o FC Porto retroceder, avançaram. O FC Porto não pode aceitar estar num canto a ver as coisas passarem, até a ser prejudicad­o pelas várias lideranças do futebol português sem fazer nada. Tem de ter uma voz ativa, ter relações institucio­nais e mais cordiais possíveis com os outros clubes…

Inclusive com Benfica e Sporting?

—Neste momento, não é possível ter relações com o Benfica, que utiliza todas as armas, as legais e, supostamen­te, as ilegais, para conquistar o poder e impor a sua vontade. O

FC Porto tem é de confrontar esse poder instalado e obrigálo a recuar.

Com que armas?

—O FC Porto é um clube de uma grandeza brutal e deve ter à sua frente pessoas que sejam respeitada­s. O FC Porto não é uma voz ouvida na Liga e muito menos na FPF. A FPF até tem tratado mal o FC Porto. Tem havido uma proximidad­e grande entre o que são os interesses do Benfica e da FPF, que não passa só pelos jogos da Seleção serem no Estádio da Luz, que hoje em dia parece o Estádio Nacional. Há muitas pessoas que estão à frente dos órgãos da FPF que são da área do Benfica e que já estiveram no camarote da Luz.

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