O Jogo

Braga, Famalicão e a ilusão da retoma

FENÓMENOS Dança de treinadore­s não abalou solidez dos bracarense­s. Já o vizinho sofreu um rude golpe com a meta à vista, pagando pelas debilidade­s

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A I Liga terminou com o topo e o fundo da tabela tal como estavam quando o surto pandémico de covid-19 obrigou a suspender a competição. Pelo meio, houve dez jornadas de muita emoção e surpresas

O FC Porto passou para a frente duas jornadas antes de a I Liga ser interrompi­da, perdeu no regresso (Famalicão), mas aguentou. A retoma do campeonato, suspenso entre março e junho, fez sofrer e acreditar, no topo e no fundo da tabela, mas deixou tudo como estava, para tremenda frustração desse fenómeno que foi o Famalicão. Recémpromo­vido ao escalão principal só cedeu o quinto lugar europeu ao Rio Ave nos descontos da última jornada. A equipa de João Pedro Sousa surge entre as mais fortes no capítulo ofensivo, mas partilha o ranking das mais débeis a defender e o preço dessa lacuna pagou-o em desilusão. A mesma que experiment­ou o Portimonen­se de Paulo Sérgio, despromovi­do depois de um esforço tremendo.

O outro fenómeno da época, mas não no capítulo das estatístic­as do jogo - nessas já era dos mais fortes - foi o Braga dos quatro treinadore­s. Cinco, se incluirmos Abel Ferreira, que partiu na préépoca. No pontapé de saída oficial foi Sá Pinto a conduzir os da Pedreira numa época em que a resistênci­a do balneário foi posta à prova pela insólita dança de treinadore­s. Sá Pinto saiu depois de qualificar a equipa para a fase final da Taça da Liga. A conquista do troféu ficou para Rúben Amorim, entretanto seduzido pelo Sporting e substituíd­o por outro técnico da casa. Custódio durou meia dúzia de jornadas e foi Artur Jorge a chegar ao terceiro lugar com que António Salvador deu um golpe valente nas teorias que ligam a estabilida­de ao sucesso.

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