O Jogo

As “variações táticas” de Sérgio Conceição

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Nas variações 4x3x3 e 4x4x2, foi a melhor “mutação de sistemas” do campeonato. De início (com um terceiro médio no trio do meio-campo, ora em “1x2” com Danilo atrás de dois interiores, ora em “2x1” com a dupla UribeSérgi­o Oliveira e um n.º 10, Otávio) ou nas trocas posicionai­s em pleno jogo sem mudar jogadores (quando Otávio começava, no 4x4x2 inicial, descaído sobre a faixa e depois fletia “para dentro”, caindo Marega em largura no flanco direito, ganhando profundida­de). Outras vezes, assumiu o 4x4x2 com dois extremos (Luis DíazCorona) e dupla de n.º 9.

Vejamos os clássicos contra Benfica:

Na Luz, mandou no meiocampo a partir do jogo interior, com Danilo-Uribe e, vindo da faixa, Baró, alternando, com ou sem bola, entre abrir e fechar. Mandava no “centro do jogo” e abria a atacar. Na segunda parte, entrou Otávio para intensific­ar o controlo.

No Dragão, comeu outra vez a “zona de pressão” com Sérgio Oliveira-Uribe subindo o bloco numa pressão coletiva sincroniza­da, mas agora com Otávio entrelinha­s como o terceiro médio a aparecer por dentro. O 4x4x2 era um atípico 4x3x3 com dois pontas-delança com as movimentaç­ões de Marega.

Contra o Sporting, retirou a referência de dois pontas de lança aos três centrais de Amorim para, em 4x3x3, dar maior poder ao meiocampo com médios a entrar desde trás. O jogo, nesta fase decisiva, em que mexeu melhor ao intervalo foi contra o Boavista. Com 0-0, meteu Manafá a dar profundida­de na direita, Corona na esquerda, Uribe no meio-campo e MaregaSoar­es em cunha.

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SISTEMA, DO 4X3X3, EM 4X4X2 E NUM PLENO JOGO,
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FÍSICO
MUTAÇÃO A ARTE DA ENTRE SISTEMA, DO 4X3X3, EM 4X4X2 E NUM PLENO JOGO, MODELO ESSENCIALM­ENTE FÍSICO

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