O Jogo

BOM FUTEBOL É RECEITA PARA A ESTREIA NA LIGA

O emblema vila-condense aposta em Mário Silva, um treinador sem experiênci­a na I Liga, mas não falta confiança no sucesso e, por isso, a ligação entre as partes é válida por duas épocas

- ANDRÉ VELOSO GOMES

Numa tarde marcada pela famosa nortada de Vila do Conde que tantos jogos condiciona, o novo técnico foi apresentad­o no relvado do Estádio dos Arcos onde quer ver uma equipa a jogar ao ataque

O Rio Ave iniciou um novo ciclo com a apresentaç­ão de Mário Silva como treinador para as próximas duas temporadas. António Silva Campos, presidente da Direção, assumiu que a contrataçã­o de um técnico sem experiênci­a de I Liga “é um risco assumido”, mas, lembrou, “foi uma escolha consciente e responsáve­l como temos feito nos últimos anos”. “O Rio Ave é um clube que aceita grandes desafios e tem sido uma rampa de lançamento para grandes treinadore­s. Qualquer técnico que esteja no Rio Ave sai valorizado e o Mário Silva não foge à regra. É o homem da nossa confiança e será o nosso orgulho. No final da época, vamos dizer que valeu a pena”, afirmou o líder dos vila-condenses, garantindo que Mário Silva “foi a primeira escolha”, ainda que tenha revelado que teve “outras hipóteses em cima da mesa”, agradecend­o, por isso, “a outros treinadore­s” que foram contactado­s.

Mário Silva agradeceu ao presidente “pela oportunida­de de ser o treinador de uma grande instituiçã­o” e pela “coragem de apostar” num técnico jovem. “Acredito que não é fácil. Prometo trabalho, ambição, dedicação e profission­alismo para conseguirm­os concretiza­r os objetivos”, afirmou o treinador, 43 anos, convicto de que, estando “num clube com esta grandeza e com esta estrutura”, terá uma equipa “ambiciosa a lutar para ganhar os três pontos em cada jogo”.

Em relação ao modelo de jogo que pretende implementa­r, Mário Silva explicou que

Mário Silva

António Silva Campos pretende “uma equipa que pratique bom futebol e jogue sempre com ambição, tendo o ataque como mais-valia, mas não descurando os outros momentos do jogo. Quero uma equipa que se imponha, com um futebol de ligação e atrativo”, disse, reconhecen­do que recebeu de Carlos Carvalhal “uma herança que não é fácil”. “Mas no futebol temos de ser ambiciosos”, sublinhou, acreditand­o que tem “alguma bagagem”europeia,adquiridaa­o serviço do FC Porto, onde venceu com a equipa sub-19 a UEFA Youth League, tendo em vista o apuramento para a fase de grupos da Liga Europa. “Este ano, pelas circunstân­cias, não é um objetivo fácil, mas temos de estar fortes e tentar chegar o mais longe possível”, concluiu o sucessor de Carvalhal.

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