SRA. DA GRAÇA RESISTE A TUDO
Três vezes devastada por incêndios, a mítica subida de Mondim de Basto poderá continuar na Volta a Portugal
Vice-presidente da Câmara Municipal de Mondim de Basto diz que “toda a estratégia” para a mítica subida se irá manter. Será um alívio para a Volta a Portugal, ainda a tentar garantir a Serra da Estrela
O incêndio que durante o fim de semana deflagrou no Monte Farinha, destruindo 200 hectares de pinhal e mato, não deverá impedir a tradicional chegada da Volta a Portugal, que se realizará entre 27 de setembro e 5 de outubro, na mítica Senhora da Graça. Isto, ressalve-se, caso a Federação Portuguesa de Ciclismo, que neste momento ainda negoceia as etapas da prova que, este ano, terá de organizar, chegue a acordo com a Câmara Municipal de Mondim de Basto, agora presidida por Teresa Rabiço.
“Tudo aquilo que é a estratégia para a Senhora da Graça irá manter-se, mas não se pode ignorar que foi uma machadada forte”, diz Paulo Mota, vice-presidente da edilidade, sobre os efeitos do incêndio, defendendo uma programação para o local que tem forte componente desportiva: a Volta a Portugal, que tem chegadasjuntoaosantuáriodesde 1978, tornou-se numa referência, mas ali também existe um centro de BTT e saídas de parapente. “As condições que nos fazem apostar nesta montanha vão-se manter”, garante Mota.
A Volta a Portugal já por duas vezes fez a subida de 8,2 quilómetros em ano de incêndios: em 1990, com vitória de Joaquim Gomes (Sicasal), e em 2005, ganhando o espanhol Adolfo Garcia (Comunitat Valenciana). António Carvalho, pela W52-FC Porto, foi o último a vencer numa chegada tão difícilquesóquatrocorredores bisaram em 40 edições.