O Jogo

“Tenho muito mais para dar”

URIBE faz o balanço de uma época de sonho e deixa garantias para o futuro

- PEDRO MARQUES COSTA

“Jogador à Porto é o que joga como um adepto”

“Vitória na final da Taça teve um significad­o especial”

Numa entrevista em exclusivo a O JOGO, Uribe fala da conquista da dobradinha, da rivalidade do Benfica e do sentimento especial que teve pela vitória na final da Taça de Portugal

Uribe chegou há cerca de um ano, na altura com 28 anos, para a primeira experiênci­a na Europa. Assumiu-se com um jogador importante na conquista da dobradinha e agora é imprescind­ível para Sérgio Conceição no ataque à próxima temporada. Numa entrevista exclusiva a O JOGO, o internacio­nal colombiano conta como viveu um ano repleto de sucessos no Dragão.

Qual é o balanço que faz desta primeira época em Portugal?

—Aprendi muito durante este último ano, que teve momentos positivos e outros negativos. Sinto que a maturidade que fomos adquirindo ao longo de todo este processo nos ajudou a atingir nossos objetivos e a conquistar a dobradinha.

Consegue encontrar uma explicação para só ter chegado à Europa aos 28 anos?

—Sou uma pessoa muito católica e crente. Por isso, acredito que tudo o que acontece na minha vida está de acordo com a vontade de Deus. Ele escolheu esta hora para mim, certamente porque acreditou que eu já estava pronto a dar mais este passo.

Falou com o James, Falcao ou Carlos Queiroz antes de se decidir a assinar pelo FC Porto?

—Sim, claro. Falei com todos, tive a oportunida­de de me aconselhar e as opiniões foram unânimes: todos concordara­m que vir para Portugal e para o FC Porto me iria ajudar a crescer muito profission­almente. Finalizado este ano desportivo, sente que a experiênci­a correspond­eu às expectativ­as que tinha

Uribe tem 26 jogos pela seleção da Colômbia e represento­u, antes de chegar ao FC Porto, o Deportivo Español (Argentina), Envigado, Tolima, Atlético Nacional (Colômbia) e ainda o América (México)

criado a nível individual?

O facto de termos alcançado os objetivos coletivos acabou por ser um grande marco para a minha carreira. Ainda por cima foi logo na minha primeirate­mporada ... Apesar disso, tenho mui tomais para aprender e também muito mais para dar a este clube. Em que medida é que o FC Porto o surpreende­u? —Para ser sincero, o FC Porto surpreende­u-me em todos os aspetos, tanto na organizaçã­o, como no cuidado que as pessoas sempre tiveram com as nossas famílias. Depois há os adeptos, que foram sempre incríveis, as instalaçõe­s ... Enfim, tudo é muito maior do que eu imaginava. Chegou para substituir Herrera. Sente que chega ao final da época com a missão cumprida? —O Herrera é um grande jogador e admiro-o muito. Sei o

“Falei com James, Falcao e Carlos Queiroz. Foram unâmimes e concordara­m que vir para o FC Porto me ajudaria a crescer”

“A maturidade que fomos adquirindo ao longo da época ajudou-nos a conquistar a dobradinha”

“Tenho muito mais para aprender e também muito mais para dar a este clube”

“O facto de termos alcançado os objetivos coletivos acabou por ser um grande marco para a minha carreira”

“Não quero ser comparado ao Herrera. Vim para para tentar deixar a minha marca e para fazer a minha própria história”

que ele representa para o FC Porto, mas a verdade é que não quero ser comparado a ele. Vim para o clube para tentar deixar a minha marca e para fazer a minha própria história, de forma a conquistar o carinho dos adeptos.

Está preparado para elevar o nível na próxima época e assumir-se como uma das principais figuras do FC Porto?

—Sim, sinto que sim. Desde que aqui cheguei, tenho aprendido e evoluído todos os dias. Tenho a certeza de que com trabalho e disciplina vamos voltar a conquistar títulos importante­s na próxima temporada.

Afinal, o que é ser um jogador à Porto?

—Ser um jogador à Porto é ser aquele que joga como um adepto, que tem caráter, atitude e garra. E isso faz toda a diferença.

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