O Jogo

“Dificilmen­te acabo a carreira no Benfica”

Jesus evita juras de amor eterno, mas promete profission­alismo

- FREDERICO BÁRTOLO

“Claro que quero o Cavani”

Gilberto e Helton oficializa­dos

Diogo Gonçalves novidade no arranque da temporada

“Vamos construir uma grande equipa para podermos arrasar, dar espetáculo e ser uma equipa que jogue com sentido de baliza. Não basta ganhar”

Jorge Jesus Treinador do Benfica

Prometendo uma equipa ofensiva, o amadorense, que só disse uma vez Sporting na entrevista, pede que os adeptos o julguem pelos resultados. A Champions é possível... sem tantos jovens

Jorge Jesus confidenci­a em entrevista à BTV a ação de Luís Filipe Vieira para o convencer a voltar ao Benfica. “Estava num clube com 50 milhões de adeptos doidos e apaixonado­s, que me amavam. Nunca estive num estádio com 70 mil pessoas todos os jogos a gritar o meu nome. Nunca tive e nunca terei. Não foi fácil a minha decisão. Só havia uma pessoa que me podia convencer: Luís Filipe

Vieira. Foi o único presidente com quem trabalhei seis anos eéoúni coque en traem minha casa ”, elogia, rejeitando a possibilid­ade de acabar a carreira daqui a dois anos: “Muita coisa mudou no Brasil na pandemia e disse que só queria um ano de contrato. O presidente queria quatro. Dificilmen­te vou acabar a minha carreira no Benfica. Não penso acabar aqui. Tenho muitos mais anos para treinar e dois de contrato.”

O foco é restituir a qualidade de jogo com que brindou a Luz em determinad­os momentos, na qual conquistou três campeonato­s nacionais: “Se o Benfica não ganhou nada este ano significa que temos de ser muito melhores. Duplicar não chega. Tem de se triplicar.

Queremos recuperar a hegemonia que chegámos a ter. Vamos construir uma grande equipa para podermos arrasar, queremos dar espetáculo e ser uma equipa que jogue com um sentido de baliza. Não basta ganhar. Foram seis anos fantástico­s e podíamos ter ganhado mais, mas isso já não interessa. É passado.”

Em 2015 mudou para o Sporting, nome que só disse uma vez nas várias vezes que se referiu ao rival da 2.ª Circular. Jesus pede compreensã­o. “Os adeptos, na rua, têm mostrado recetiv idade. Quero ser avaliado pelo que conquistei, pelos resultados. Que me analisem como treinador e não por ter estado três anos no rival. Não sou treinador do Benfica, mas sim treinador de futebol que agora está no Benfica. Faz parte da minha profissão mudar de clube”, dizendo que aprendeu na Arábia Saudita que há “valores” mais altos do que ganhar, garantindo que não vai entrar em picardias com outros treinadore­s.”

O sonho europeu continua e aumentou com a pandemia. “Temos de lá estar, o clube não ganha há 50 anos? Mais, pois... A identidade europeia do Benfica obriga a que se tente ganhar qualquer competição europeia. Face à pandemia, o ciclo pode mudar porque não há tantos tubarões nas eliminatór­ias e as grandes equipas já não estão tão fortes”, realça, sem reconhecer que a formação, sendo o caminho, não pode ser exclusivo: “A formação dos grandes clubes tem de

desenvolve­r o futebol português nos escalões inferiores. O que nunca vai acontecer é ganhar só com a formação porque os melhores são sempre vendidos.”

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