O Jogo

AMORIM APURA ATAQUE INÉDITO

Técnico tem insistido em João Mário à esquerda e em Nuno Santos à direita no apoio a Jovane, mas a trocar de lado. Parceiro de Palhinha é a dúvida

- BRUNO FERNANDES RUI MIGUEL GOMES

Reforço tem via aberta para a estreia, neste caso em Alvalade e logo diante de um concorrent­e direto. Matheus Nunes e Pote são a derradeira dúvida para Rúben, num meio-campo que terá João Palhinha

Rúben Amorim tem insistido numa inédita dupla para apoiar o seu elemento mais central do ataque rumo ao clássico de sábado, contra o FC Porto, que se disputa a partir das 20h30 no José Alvalade: apurou O JOGO que João Mário, o último dos oito reforços do leão, assim como Nuno Santos, devem formar a guarda de honra a Jovane que, tal como também avançámos, recuperou totalmente do problema na coxa direita que o deixou duas semanas de fora, estando assim disponível para atuar como um falso “nove”.

Aproveitan­do o facto de nem o número 17 nem o camisola 11 terem integrado a “debandada” rumo às seleções, que levou 12 futebolist­as que costumam trabalhar como plantel principal( Ris tovski, af as ta do, éa exceção ), o treinador aproveitou para cimentar processos, benefician­do também a facilidade comque João Mário se adaptou à nova realidade, assim como a boa condição física que não lhe colocou obstáculos extra no regresso à Academia. No final da última semana, domingo, houve inclusive um jogo de treino com a equipa B dos verdes e brancos (vitória por 2-0) no qual, mesmo desfalcado, Amorim aproveitou para ver os jogadores em ação, nomeadamen­te o internacio­nal português, que atuou – lá está – pelo lado esquerdo, apesar de também ter feito uma “perna” ao meio. Quanto a Nuno Santos, é um canhoto polivalent­e: com Rúben já atuou como interior direito e esquerdo do ataque, mas também já ocupou todo o corredor esquerdo, posição que conhece bem pela experiênci­a em Vila do Conde ao serviço do Rio Ave. O ataque dos leões não é, por isso, algo estanque, pois, apesar de parecer ter peças definidas, uma das premisuma

sas da ideia de Amorim é a rotativida­de, principalm­ente na tríade da frente – quem entrar frente ao FC Porto, no apoio a Jovane, trocará de lado sempre que o jogo assim o permita.

Tiago Tomás nas “dobras”

O treinador do Sporting parece preferir João Mário e Nuno Santos para o clássico, mas também tem em Tiago Tomás um fiel escudeiro, titular nos quatro jogos oficiais que os leões fizeram nesta temporada e autor de dois golos, frente ao Aberdeen e LASK Linz. Pode jogar sobre a ala – e aí que mais tem atuado e produzido – e também ao meio, ainda que diante do FC Porto deva começar no banco de suplentes. Ainda sobre as opções de ataque, Sporar, recuperado de

Amorim leva a cabo a máxima de “joga quem estiver melhor”, mas chance de somar terceira vitória em três jogos na I Liga – e contra um rival – dá primazia à experiênci­a

lesão num dos adutores da coxa direita, pode integrar os convocados, mas dificilmen­te será opção inicial.

Mais Matheus que Pote

Fechadas as contas à frente, recuamos até à segunda linha, que, com Porro encostado à direita e Nuno Mendes à esquerda, parece ter apenas uma dúvida, neste casos o brequem acompanhar­á Palhinha no meio. Tal como o nosso jornal também já adiantou, o camisola 6, que esta semana renovou o seu contrato com o Sporting por mais dois anos, de 2023 até 2025 (passa, também, dos 450 para os 800 mil euros líquidos de salário ao ano), vai ser o equilíbrio de uma equipa que Rúben Amorim quer sempre de olhos na baliza, existindo a expectativ­a sobre quem funcionará como omédio deligação, se Matheus Nunes ou se Pote. Neste momento, é o brasileiro quem parece tomar a dianteira, até porque o segundo só ontem treinou integrado. A seu favor tem, ainda assim, os dois golos que fez pelos sub-21 portuguese­s nesta paragem FIFA no 3-0 diante de Gibraltar, momentos que o técnico dos leões poderá querer potenciar, apesar de parecer mais inclinado para o camisola 8.

O Sporting tenta, ao terceiro jogo no campeonato, somar a terceira vitória, sabendo que o primeiro clássico da época lhe pode transmitir confiança extra após a saída da Europa: Rúben é apologista do “joga quem estiver melhor”, mas neste aspeto parece querer dar primazia à experiênci­a.

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