O Jogo

“Nunca me viram com desculpas...”

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Sérgio Conceição alega que os reforços precisam de tempo para se ambientare­m, mas sublinha que nunca usará esse facto como justificaç­ão para eventuais insucessos. Qual é o reforço mais apto a entrar no imediato? —Por muito bons jogadores que sejam, e acredito que o são, por isso é que vieram, têm de ter um período de adaptação à exigência do clube e à própria equipa. Isso não se consegue num estalar de dedos ou num dia trabalho. Tenho alguns jogadores novos com quem trabalhei dois dias, por exemplo. É muito difícil, porque, como treinador, considero fundamenta­l uma simples ocupação de espaços ou uma cobertura a um encurtamen­to e os jogadores não estão ainda preparados. Agora, nota-se que têm uma disponibil­idade fantástica e uma alegria grande por chegarem a um clube de uma grande dimensãona­EuropaenoM­undo. Ainda estamos a ver a sensação que temos deles, dentro do conhecimen­to que temos deles dos clubes onde estavam.

Olhamos, também, para a vertente emocional dos jogadores que vieram por empréstimo, sabendo que vêm para jogar mais do que com certeza estavam a jogar nos seus clubes, mas só vêm aqui um ano e vão embora.Éumtrabalh­oadobrar para o treinador. Ou seja, tudo torna as coisas mais difíceis. Mas atenção: isto não é qualquer tipo de desculpa, porque, no fim, o que conta é o jogo de amanhã [hoje] e o treinador. Se não ganhar, tenho ali tarjas ‘sem desculpas’ e não quero isso. Eu nunca me desculpei com nada. Ao longo de quatro anos nunca me viram a desculpar com lesões, com castigados... Nunca o fiz. Isto é factual. Amanhã [hoje], no fim do jogo, o que conta é o treinador. Se não se tem um resultado positivo, é o treinador que conta e esquecem tudo o resto. Estou só a contar a dificuldad­e da preparação. Amanhã [hoje], no fim do jogo, lá estarei eu, o treinador Sérgio Conceição, para assumir sempre um resultado, seja ele positivo ou negativo. Espero que seja positivo”.

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